quinta-feira, 8 de novembro de 2007

«BARDAMERDA PARA AS PUTAS DAS CRIANCINHAS!»

A puta da criancinha



O senhor Tavares a copiar o ar de génio do senhor Antunes, assim meio perdido a não perceber em que mundo está enfiado e com um olho mais pequeno do que o outro










Deste porquinho saíram as febras deglutidas pelo senhor Tavares








O senhor Tavares come febras ao pequeno almoço como se vê pela pança


EXCLUSIVO!

GRANDE ENTREVISTA COM O SENHOR TAVARES A PROPÓSITO DO SEU NOVO LIVRO QUE PESA COMÓ CATANO.

O senhor Tavares publicou um livro novo. Ainda não estão contabilizados os parágrafos copiados nem identificadas as fontes das cópias, mas o senhor Tavares já promete vender quilos de livros. Quilos valentes. Arrobas.
O olatuporaqui não foge às suas responsabilidades culturais e foi entrevistar o senhor Tavares.
O senhor Tavares recebeu-nos na esplanada da Tentadora onde toma todos os dias o pequeno-almoço por volta do meio-dia/duas.
A conversa foi como em seguida se publica:

OTPA - Há quem diga que o seu último livro é, na generalidade, uma boa merda. Como reage as estas crí­ticas?
sT - Bem (arroto)... pode ser que tenha de dar umas pauladas. Bardamerda. (arroto) Sinto-me um escritor, veja bem. Agora sim. Sinto-me um escritor. (arroto) As febras que comi ao pequeno almoço estavam cheias de alho. Fodass! (arroto) Pus o país a ler. É isso! Pus o país a ler. (gesto vago, copiado do Lobo Antunes) Vendi milhões e milhões de livros. Muitos milhões. (arroto) Muito mais milhões do que o orelhas da RTP. E do que aquela que escreve livros para gajas, fodass que não me lembro o nome. (arroto) O Pulido Valente vai adorar este livro, disse-me um amigo meu anónimo que é amigo dele. (arroto) Vão ver. Ele vai adorar! (gesto vago, gesto vago, gesto vago, sorriso apalermado copiado do Lobo Antunes, gesto bruto que esmaga uma joaninha no tampo da mesa)

OTPA - Admitindo que o livro é uma tremenda bosta, pode dizer-se que é de certa forma autobiográfico?
sT - Bardamerda. (arroto seguido de flato) Tem 700 páginas. Ponho o país a ler. É um tijolo. Fodass. (escorrupicha de uma golada meia garrafa de VAT69 e puxa uma fumaça de charuto ordinário) Autobiográfico uma pôrra! (arroto) Ainda esta semana escrevi uma merda contra os autobiográficos no Terreiro do Paço, esta cidade está cheia de autobiográficos e depois morre gente nas passadeiras. Fodass. (leva a mão à testa, arranca uma crosta, mete-a na boca) Já não se foi contra se foi a favor... (sopra o fumo do charuto para cima de um carrinho de bebé) Putas das criancinhas! Só servem para me prejudicar o prazer da refeição e do tabaco. (arroto) Se apanhar algumas quando fôr à caça... Ah!Ah!Ah! (solta uma gargalhada satânica, copiada do Rebelo de Sousa) Desfaço-as. Desfaço-as. (arroto longo)
OTPA - Transporta para a sua literatura (entre aspas, naturalmente) reminiscências da sua infância? O hábito de copiar, por exemplo?
sT - Eu não copio. Bardamerda. Dou pauladas a quem disser que copio. (arroto e flato simultâneos) Sou um escritor e ponho o país a ler, fodass. São tudo dados históricos. Tudo! Toda a gente sabe que sri Bipunder Singh, o magnífico, comia duzentos frangos ao lanche. É um dado histórico. Hã? Não é Bipunder? É Bhupinder? Lá está! É histórico ou não? E o marajá de Gwalior? Sim! E o marajá de Gwalior? Está cientificamente provado que morreu de tédio após ter lido um livro qualquer estúpido com milhares de páginas. Foi um ataque de tédio. É histórico. (arroto) E tinha comboios eléctricos, o cabrão do monhé. (flato) Fodass para as febras! É histórico! O transformador de 12 volts. Histórico! (arroto) Tudo investigado. Anos de investigações. Anos e anos de viagens e investigações. (flato com molho) E o marajá de Mysore. Erecções gigantescas. Cientificamente provado. (arroto) Fodass. Dou pauladas, dou, dou. História! Um tesão monstro! Comia diamantes e rubis para o tesão. Histórico! E andava no elefante com o tesão à mostra. Ele e o elefante. Histórico! Factos! (flato, flato, flato) O elefante comia quilos de diamantes para pôr o falo em pé. É tudo histórico! Fodass! (arroto, flato, arroto) Não posso comer febras com tanto vinho. Alguém me arranja aí uma garrafa de uísque? Já gastei as que trouxe do avião nas viagens que fiz para o Brasil a sacar dados históricos de livros para o meu novo livro. (flato, flato, flato – levanta-se e alarga as pernas – flato, flato)
OTPA- A sua mãe dizia, com a eloquência que todos lhe reconhecemos e admiramos, que «o meu filho não passa de um papalvo, de cuja dádiva à luz ainda hoje me arrependo amargamente». Amava-a?
sT - Se diz isso de mim o que diria do meu irmão, o Trissomas? (riso alarve, seguido de flato) Era uma velha gira. Escrevia umas histórias, mas não pôs o país a ler, não pôs o país a ler. (sorriso saudoso com flato ligeiro ao fundo) Velha gira... (fica a rir-se baixinho como se tivesse um trunfo na manga, copiado do Lobo Antunes)

OTPA - E quanto ao seu pai, que reconheceu em tempos que, com o leite que tinha gasto consigo, mais valia que tivesse feito um queijo. Como era o vosso relacionamento?
sT - Era um velho giro, um velho giro. Dizia bojardas! Aprendi muito com ele. (arroto) Muitas bojardas! Pauladas e tal, bardamerda. (flato e sorriso distante) O velho Chico... deu-me uísque quando tinha 3 anos... Alguém me traz aí um uísque, fodass! Merda de criadagem! Deviam ter estudado como era no tempo do marajá de Gwalior, seu filhos da puta, fodass! Tragam-me um cabrão de um uísque já ou fodo-vos os cornos com este calhamaço de 700 páginas!!! Perdão, perdão, era em off the record. Não disse nada disto. Não disse. (arroto) Não disse nada daquela carta que o filho da puta dos Fatias do Meio diz que eu escrevi por causa da peça de teatro. Fodass. (arroto) É muito difícil ser famoso... muito difícil... (riso perdido, género génio, copiado do Lobo Antunes, seguido de ventinho anal)
OTPA - A qual dos dois foi buscar esse rosto de buldogue não vacinado?
sT – (sorriso muito, muito, muito misterioso, copiado do Lobo Antunes) Não é o que elas dizem... (sorriso permanente, ar sonhador interrompido por um arroto violentíssimo e extremamente sonoro que acorda o bebé do carrinho) Puta da criancinha! Fodass! As mulheres. Ah! As mulheres (o sorriso misterioso copiado do Clark Gable, um fio de baba escorreno pelo focinho) A Laurinda... a outra, a rica, que me encheu de papel... (o bebé chora convulsivamente) Putas das criancinhas! Se tivesse aqui a minha Mauser dizia-lhe. Fodass.

OTPA - Bebe para poder ser social ou é social para poder beber?
sT – Não bebo! Fodass! Essa garrafa de uísque vem ou não vem? Cabrões de merda! Fodass! Cale-me essa puta dessa criança ou atiro-a para debaixo de um eléctrico! Fodass! Até que enfim! Já pedi o uísque há mais de meia hora seu filho da puta monhé! (leva o gargalo à boca e emborca meia garrafa de uma vez, arroto) Aaaaahhh! Estávamos a falar de quê? Ah! Sim. Não bebo, não bebo. De vez em quando, no Alentejo, na quinta, no morro, guiando o meu jipe, um gin, um uísque, uma aguardente de ginja, um bagaço, um copo de três... (olhar perdido, copiado do Lobo Antunes, flato sonoro) Fodass! Queres ver que me sujei? Fodass! Não bebo, caralho! Pergunta-me outra merda.
OTPA - Dizem que os irlandeses inventaram o uí­sque e os escoceses a ressaca. Confirma?
sT – Fodass! Mas tu largas-me da mão ou quê? (arroto, levanta-se, apalpa os fundilhos das calças) Fodass! Molhei-me. (flato) Quero é que os escoceses e os finlandeses de fodam! E CALE-ME A PUTA DA CRIANCINHA, OUVIU!!!?
OTPA – É conhecido o seu gosto por corridas de "Jeep". Nos dias das corridas bebe menos ou não se preocupa com essas coisas e acha que até conduz melhor?
sT – (riso escarninho) Estás a ver se me fodes, não é? (continua em pé, cambaleia, leva a garrafa de uísque à boca e emborca o resto) Mas não me apanhas nessa... (riso abrutalhado) Não bebo, óviiissssstches? Nã bebuuu... (tropeça, cai, continua a rir-se, flato, flato, flato, flato)
OTPA - Quanto a droga, alguma coisa?
sT – (ri-se às gargalhadas, flato, flato, flato) Nhhedassssse.... Trazmaputadumagarrafaduíscócabrãodomonhéee... Fodassseeee. (riso, flato, flato, rebola-se no chão, tenta erguer-se agarrado à mesa, a mesa tomba, o prato cai-lhe sobre a camisa e suja-a com o molho das febras já coalhado, o bebé chora desalmadamente, a mãe também)OTPA - Para terminar, gostaria que fizesse uma associação com cada uma das seguintes palavras:
Crucifixo
sT – (sentado no chão, olha desconsolado para a garrafa vazia) Fodass. Fodass.
Croquete
sT – (tenta erguer-se, vomita febras de porco sobre o carrinho de bebé, a mãe chora desesperada) Roquete? Quem é esse merdas, fodass? (arroto, vómito, arroto, o bebé do carrinho grita todo sujo de febras mal digeridas)
Bocado de pneu
sT – Qualéatuaómeu? Fodass. Sei lá. (arroto e flato simultâneos, mais uma cadeira para o chão, agarra-se à mesa tombada e tenta esticar um braço em direcção ao carrinho de bebé) Putas. Putas. Criançasdamerdaócaralhofodassss.
Meia tijela de leite creme
sT – Meia tijela és tu ó palhaço bardamerda! (vómito) Uísque! Uísque! Uísque! Merdademonhé! Isto são maneiras de tratar um bestosélere? Fodass! Pus o país a ler. (riso tonto, vómito, cai-lhe do bolso do casaco o livro Freedom at Midnight de Lapierre e Collins)
Preservativo usado
sT – (arroto muito mal cheiroso)
Dominique Lapierre
sT – (vómitos seguidos de flatos e um barulho muito suspeito ao mesmo tempo que um líquido castanho alastrava nos fundilhos das suas calças brancas) Fodass. Queres ver que me caguei?

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