domingo, 31 de dezembro de 2006

O SR. COSTA VAI COMEMORAR A PASSAGEM DE ANO SOLTANDO UM FLATO GIGANTE DO ALTO DO SILO


CUIDADO!

Chegou-nos neste preciso momento, a pouco menos de duas horas de se comemorar, em Portugal continental, a passagem do ano, a notícia de que o Sr. Costa se prepara para soltar precisamente à meia-noite, um flato verdadeiramente explosivo e extraordinário. O Sr. Costa já se encontra no alto do silo de estacionamento de Santa Catarina e está em processo acelerado de enchimento de pulmões e intestinos com gases altamente tóxicos, pelo que se aconselha a todos os que habitam na Rua Sá da Bandeira, Fernandes Tomás, Praça do Município e Álvares Cabral a fecharam as janelas e a vedarem as frinchas das portas.

O «olatuporaqui» deseja ao Sr. Costa e ao seu flato um óptimo Natal e um feliz Ano Novo!

A GNR já tomou conta da ocorrência.

ESCOLHA VOCÊ MESMO A VAQUINHA DO PRESÉPIO











Concurso patrocinado pelos Ares Condicionados do Petiz do Raivo. Afinal, o burro e a vaca foram o primeiro ar condicionado da História moderna



Ainda vai a tempo! Até ao dia de Reis pode construir o seu próprio presépio. Sabendo que o burro será representado por um conhecido plagiador do universo literário lusitano, avance com a sua escolha da vaquinha do mesmo...
Envie as suas propostas para http://olatuporaqui.blogspot.com/

GANHE A PONTA DA CORDA QUE ENFORCOU SADÃO


Vamos sortear a ponta da corda que serviu para enforcar Saddam (em português Sadão). Para concorrer tem de nos enviar, até à meia noite do dia 31 de Dezembro de 2007, a lista completa de todos os parágrafos gémeos dos livros «Esta Noite, a Liberdade» e «Esta Noite, o Equador».

O resto da corda está guardado para enforcar os irmãos gémeos monozigóticos Bush e Rumsfeld...

GRANDE(S) BALANÇO(S) DO ANO DE 2006 - O PRIMEIRO É O SR. TAVARES

Generoso: este ano o Pai Natal foi generoso com o Sr. Tavares e deixou-lhe no sapatinho umas trousses de frango como prémio para o seu grandioso trabalho científico

Uma profunda investigação ao livro «Freedom at Midnight», permitiu ao Sr. Tavares tornar-se num dos maiores especialistas mundiais de frangos, mortes de tédio e hábitos alimentares e sexuais dos Marajás da Índia


Está na altura dos balanços e balancetes. E o «olatuporaqui» não foge às suas responsabilidades. Por isso, a intrépida Redacção que nunca dorme e para a qual não há Natais nem Anos Bons, vai publicar, a partir de hoje, alguns dos que considerou os grandes momentos do ano que agora se extingue.
Para começar... TCHAM! TCHAM! TCHAM! TCHAM!
O Sr. Tavares, especialista mundial de frangos, sexo e mortes de tédio!
Anos e anos de investigação deram-lhe uma tarimba única. Armado com uma lupa e um microscópio, fuçou no livro «Freedom at Midnight» («Esta Noite, a Liberdade», na versãozinha portuguesa), de Lapierre e Collins, como a Madame Curie fuçou num ror de pechblenda para dela extrair o rádio. Mas o Sr. Tavares não estava preocupado com minudências como rádios e essas porcarias que só provocam carcinomas. Não. O Sr. Tavares é um cientista. E estudou, através de Lapierre e Collins, a vida sexual dos Marajás da Índia, os seus hábitos alimentares e as suas formas preferidas de morrer. Descobriu que o Marajá de Patiala comia três frangos ao chá das cinco, e três mulheres do seu harém depois do jantar, além de ter feito um esforço muito grande para morrer de tédio, que o Marajá de Mysore comia diamantes em pó e tinha uma erecção lendária, e um sem número de outras coisas que Lapierre e Collins tinham escrito mas, na sua pressa de publicarem o livro, nem sequer repararam.
O Sr. Tavares, pelo mérito de ter feito os pobres Lapierre e Collins perceberem a verdadeira essência da sua obra menor, deu-os a conhecer ao mundo no seu inacreditável «Esta Noite, o Equador», esse sim um grande livro, com milhares e milhares de páginas...
Em nome da Humanidade e de Lapierre e Collins, nós só temos uma palavra para dirigir ao Sr. Tavares: «OBRIGADO»!
Lentamente, uma lágrima comovida escorre pelo olho de cada um dos membros da intrépida Redacção do «olatuporaqui».

HOSSANA! O SR. SARAIVA É O PIOR CONDUTOR DO MUNDO!

Insultuoso: imagens do ucraniano que abalroou a viatura do Sr. Saraiva no Cais do Sodré captadas num bar irlandês dos Remolares pouco depois do acidente. O biltre não demonstra arrependimento, agarra-se a uma chinesa da Loja Feng Fing (Martim Moniz) e não está minimamente preocupado com o atraso de uma hora e meia que vitimou a pobre Carla


Um tal de Garcia, colombiano é, entretanto, procurado por surripiar vergonhosamente o título das prosas do Sr. Saraiva, aplicando-o a um medíocre livro de memórias

Bendito Sr. Saraiva (HOSSANA!)!!!!
É com impaciência e excitação que esperamos que as semanas voem como o vento para podermos ler a sua prosa maviosa, rir-mo-nos com o seu humor inalcançável por mentes mais espessas, enternecermo-nos com a sua modéstia diluída numa sensibilidade prosódica que já faz com o Prémio Nobel pareça galardão menor para tanto génio.
Bendito Sr. Saraiva (HOSSANA NAS ALTURAS!)!!!!!!!!!!
Esta semana, com pena mais enfunada que vela de galeão, como diria o Douto Topsius da Imperial Alemanha, fornece-nos uma descrição cientifica, completa, plena de interesse e actualidade sobre os seus acidentes de viação. Como brilha o «Sol» graças ao calor das suas epopeias. E está lá tudo. Até parece que estamos a assistir, ao vivo, às suas peripécias: o Cais do Ginjal, as gambas ao alhinho, o grito da Carla (confesso, nessa parte estremeci de pavor...), as duas imperiais ingeridas por quem sabe ter sobre os ombros a tremenda responsabilidade de ser um personagem da História Universal, a morena de olhos verdes e a Diane amarela, o atraso da Carla, o Fiat UNO, os ucranianos, o fadista, o tremendo shake hands distribuído pelos presentes (polícias incluídos), a Carla a chegar a casa com hora e meia depois do previsto como se fosse a Morgadinha dos Canaviais...
Bendito Sr. Saraiva (CORAÇÕES AO ALTO!)!!!!!!!!!!!!!!!
É tão bom em tudo o que faz que, até como condutor, é o melhor dos piores do Mundo, segundo as suas palavras.
Não me venham falar do Herculano, do Garret ou do Júlio Dinis. Escritores bisonhos e sem alma.
E calem-me esse copiador mesquinho nascido na Colômbia chamado Marquez e que roubou, vergonhosamente, o título das crónicas do Sr. Saraiva («Viver Para Contar», que sublime interpretação da sua própria essência de testemunha priveligiada do que se passa no Mundo que pulsa em seu redor...) escrevendo um livro de memórias com o título eivado de supremo mau gosto «Viver Para Contá-la»... Contá-la?!!! Mas que porcaria é esta?! Contar o quê, não me dizem? Carneirinhos? Erros de ortografia? Putas tristes?
Enforquem-me esse Garcia! Já!
Bendito Sr. Saraiva (O NOSSO CORAÇÃO ESTÁ NELE!)!!!!!!
Com que sofreguidão esperamos pelo próximo fim-de-semana.

terça-feira, 26 de dezembro de 2006

O SR. SERRÃO AVANÇA COM CAMPANHA PARA O «SIM» AO ABORTO RETROACTIVO

Fontes bem informadas garantem-nos que a consoada do Sr. Serrão e do Sr. Tavares foi passada em casa do Sr. Costa, entre gritos de «Abortem a Carolina», apedrejamentos ao Pai Natal e todos quantos usassem fardas vermelhas, e salvas de flatos que obrigaram a uma desentoxicação posterior


Os franceses costumam dizer: «les esprits de porc se rencontrent». O Sr. Serrão e o Sr. Tavares têm escrito ultimamente algumas pérolas da análise intelectual que é a expressão mais sensível das suas inteligências gigantescas e montanhosas.
«Na natureza, quando não se pode manter a ninhada, são as próprias mães que eliminam algumas crias para as outras poderem sobreviver», diz o Sr. Tavares.
«São os próprios médicos que prescrevem interrupções voluntárias de procriação àquelas mulheres (como a de Roberto Carneiro...) que não param de ter filhos», diz o Sr. Serrão, que desenvolve de seguida a ideia de que o aborto retroactivo seria a solução para acabar com as «mulheres de vida fácil, como a Carolina...» ou com mulheres «como aquelas que escrevem livros como quem solta um flato».
Especialista em boatos, o Sr. Serrão estuda agora a Teoria Geral do Aborto com a intensidade de alguém que sentiu o apelo de conhecer profundamente as origens.
O «olatuporaqui» soube de fonte bem informada que Sr. Serrão e o Sr. Tavares passaram a consoada em casa do Sr. Costa, apedrejando o Pai Natal e todos aqueles que vestissem roupa vermelha, e soltando flatos em catadupa, tendo sido, pelas duas da manhã, socorridos pela Brigada de Explosivos dos Sapadores Bombeiros de Rio Tinto que lhes ministrou doses cavalares (e em dois dos casos, burrares) de oxigénio e perfume patchouli.

A LEITURA DE WC CÁ DAS SANITAS DA CASA


Como não temos nada para fazer nesta porra de época natalícia e já respondemos 36 vezes à porcaria do quizz do Natal, fizemos um pequeno teste aqui na Redacção do «olatuporaqui» para saber, não qual é a leitura preferida de cabeceira – sim, que aqui ninguém dorme nem cochila nem passa pelas brasas nem nenhuma dessas cenas – mas para saber o que líamos nos momentos em que a tripa aperta e a sanita passa a ser um émulo do sofá mais confortável lá da sala. BINGO! Todos lemos o mesmo. Ninguém dispensa, na hora de obrar, a revista «Sábado» de 16 a 22 de Novembro, páginas 40 a 50! Temos imensos exemplares dessa revista e todos vamos rasgando essas páginas e limpamo-nos a elas com grande prazer, seja qual for a textura da matéria evacuada. Relembramos que essas dez páginas da revista «Sábado» desenvolvem uma tese extraordinária sobre a vitimização do nosso estimado Sr. Tavares, comparando-o vagamente a um actor involuntário de filmes pornográficos de produção caseira. E, não podendo dizer-se com rigor que se trata de «jornalismo de merda» é, no mínimo, como diriam os ingleses, um autêntico «hands job». E nada como o WC para qualquer uma dessas coisas. Parabéns intrepida Redacção do «olatuporaqui»! E parabén à «Sábado» que, aqui na casa, tem sido a grande concorrente do papel Inova.

SR. SARAIVA CANDIDATO AO FIELDS METAL, NOBEL DA MATEMÁTICA

Despeitado pelo sucesso do Sr. Saraiva, um concorrente ao Fields Metal demonstra desta forma a sua falta de fair-play. «Um idiota chapado», terá comentado o nosso génio da matemática a um familiar próximo (mãe)


Com a publicação das conclusões do «Aprofundamento Revolucionário da Estrutura Geométrica e Analítica do Fluxo de Costa», o Sr. Saraiva atira a Humanidade para uma nova dimensão, aproximando-a do Divino

Imparável! Além de candidato a Prémio Nobel da Literatura pelo universo sentido e dramático da sua obra – sobretudo pela excelência do seu roman fleuve «Memória de Um Director de Jornal», no qual descreve com a perícia inata de um predestinado mais de catorze milhões de almoços, seiscentos e vinte e seis mil lanches, sete milhões e oitocentos mil jantares e várias dezenas de milhar de pequenos-almoços (há um em Nova Iorque que é de génio, meus senhores!!!), ceias, lanches-ajantarados, pratinhos de tremoços com imperiais, petiscos e copinhos de três – o Sr. Saraiva (ALL RISE!) desvendou um dos maiores enigmas da matemática e é, neste momento, o grande candidato ao Fields Medal, equivalente ao Prémio Nobel da Matemática, atribuido pela União Matemática Internacional.
O Sr. Saraiva (escuta-se o coro dos Meninos de Santo Amaro de Oeiras entoando: He’s Got The World In His Hands) dedicou-se arduamente à investigação do «Aprofundamento Revolucionário da Estrutura Geométrica e Analítica do Fluxo de Costa» e publicou as suas conclusões no último número do semanário «Sol». Com uma simplicidade desarmante para um génio do seu calibre, o Sr. Saraiva (He’s Got You And Me Brother, In His Hands...) desenvolveu o seu raciocínio desta forma formidável:
«Há um FC Porto sem Pinto da Costa e um FC Porto com Pinto da Costa.
Ou seja, há dois FC Porto.»
Ah! Que cristalina e pura inteligência matemática!!! Que perfeito desenvolver das formas geométricas de uma e equação!!!
Mas não é possível entender toda a beleza deste raciocínio se não formos ainda mais fundo na sua análise circunstanciada. Sim, porque o Sr. Saraiva (He’s Got You And Me Sister In His Hand...) não se deixa enredar nas teias da lógica cognitiva e lança o repto da transcendência na sua conclusão final que faz com que Gregori Perelman, Jonh Kleinberg, Terence Tao nos pareçam, à sua beira, infelizes adolescentes borbulhentos agarrados a cadernos quadriculados, e que a «Conjectura de Poincaré» ou a «Estatística de Loewner» e a «Geometria dos Movimentos Brownianos» não passem, ao lado da sua tese, de meros e enfadonhos exercícios de aritmética.
Leiam com atenção: «Ou seja, há dois FC Porto.»
Não é: «Ou seja, há dois FC Portos.»
Não é: «Ou seja, há dois FCS Portos.»
É: «Ou seja, há dois FC Porto.»
E nesta sua conclusão sublime, o Sr. Saraiva (He’s Got The All White World In His Hands!!!) atira a Humaninade para uma nova dimensão, aproximando-a inexoravelmente do Divino!

O DIA DO BOXE DO SR. MOURINHO


Hoje, em Inglaterra, é o Boxing Day.

O Chelsea do Sr. Mourinho, que se queixa amargamente de as selecções nacionais fazerem demasiados jogos contra equipas fracas, defronta o poderosíssimo Reading.

O Sr. Mourinho andou muito tempo convencido de que o Boxing Day era o dia dedicado ao boxe.

Parece que ainda não está esclarecido totalmente do que é, de facto, o Boxing Day. Nós aqui, no «olatuporaqui» não poderíamos deixar a efeméride passar em claro. E aconselhamos o Sr. Mourinho a consultar a Wikipédia. Como sabemos das suas dificuldades do domínio da língua inglesa - por alguma razão o Sr. Robson saiu de Portugal sem saber falar português e com o seu inglês profundamente degradado - sugerimos-lhe a versão portuguesa da famosa enciclopédia on line.

O GRANDE QUIZZ DO NATAL E COISO E TAL

Você percebe mesmo de natais e cristos e presépios e o diabo a quatro? Pois prove-o, respondendo correctamente às perguntas que aqui deixamos e tornando-se num Pequeno Mestre em Evangelhos, Epístolas e Livros Apócrifos

Nós aqui no «olatuporaqui» sabemos como podem ser enfadonhos os dias 25 de Dezembro... Depois de ter enchido a mula om cabrito e peru e bacalhau e grelos e batatas e vinho tinto e coscorões e rabanadas e sonhos e essas porcarias todas, qualquer mamífero estará pronto para roncar durante horas a fio. Não faça isso, querido leitor! Exercite-se, excite-se, mas não durma. Sobretudo se for ao volante de um camião TIR carregado com a novíssima edição do «Esta Noite, o Equador» do Sr. Tavares, já que pode pôr em perigo a vida de populações inteiras de terriolas à beira da estrada.
Para lhe ocupar este tempo natalício, propomos-lhe um pequeno QUIZZ DO NATAL, com o qual poderá testar os seus conhecimentos sobre a quadra que atravessamos.
Vamos a isto?

Sabendo-se que Jesus era fruto de uma relação extra-conjugal de Maria, quem era o famoso banqueiro pai biológico de Cristo?

a) Sotto Mayor.
b) Fonsecas e Burnay.
c) Espírito Santo.

O Pai Natal é um dos maiores distribuidores mundiais de meias e trousses. Qual é o sponsor do gorducho?

a) Casa das Meias.
b) Luís das Malhas.
c) Casa Ferrador (percorra Portugal de lés a lés com meias Ferrador nos pés)

José ficou muito desgostoso quando soube que iria ter um filho ilegítimo. Porquê?

a) Preferia um legítimo.
b) Preferia ter gasto o dinheiro num burro novo.
c) Preferia uma menina.

O que eram os apóstolos?

a) Hippies.
b) Góticos.
c) Bee Gees.

Quem casou contra quem nas Bodas de Canaã?

a) Bárbara e António Maria.
b) Carolina e Jorge Nuno.
c) Foi um casamento homossexual.

Quem foi o responsável pelo menu e catering da última ceia?

a) Michel.
b) Maria de Lurdes Modesto.
c) Manuel Luís Goucha.

Qual era o local preferido por Maria Madalena para o desenvolvimento das suas actividades?

a) Monsanto.
b) Intendente.
c) Parque Eduardo VII.

A que raça pertencia a vaca do presépio?

a) Barrosã.
b) Mertolenga.
c) Charolesa.

Quantos eram os três Reis Magos?

a) Doze.
b) Dois e um anão.
c) Não houve censos nesse ano.

Quem foi o fabricante dos pregos utilizados para manter o Cristo fixado na cruz durante três dias?

a) A FAPRICELA, de Manga da Granja, especialista em arame de aço para pré-esforço de baixa relaxação.
b) A PECOL, de Raso de Paredes, especialista em todos os sistemas de fixação.
c) Cristo não foi pregado, foi soldado com solda de estanho Tecofix.

Com mais de três respostas certas, você pode ser considerado um Pequeno Mestre em Evangelhos, Epístolas e Livros Apócrifos.
As soluções ao questionário estão publicadas numa página de anúncios.

domingo, 24 de dezembro de 2006

O VERBO DO ANO 2006


Eu, Carolina

Tu, Carolinas

Nós, Carolinamos

Vós, Carolinais

Eles, Carolinam

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

«ESTA NOITE, O EQUADOR» - 11356ª EDIÇÃO SERÁ ILUSTRADA COM FRANGOS

Um dos galináceos que ilustrará
a nova edição do livro do Sr.
Tavares

Revolucionário! A nova versão do livro do Sr. Tavares vem equipada com um sistema anti-plágio e terá os números de página todos sorteados

Em mais uma fantástica reportagem de investigação, o «olatuporaqui» desvenda um dos mais bem guardados segredos da literatura mundial. A milionésima milésima tricentésima quinquagésima sexta edição do famoso livro «Equador», assinado pelo Sr. Sousa Tavares e muito possivelmente também dactilografada por ele será distribuída com o nome «Esta Noite, o Equador». Por vontade expressa do Sr. Tavares, «Esta Noite, o Equador» apresentará uma paginação revolucionária com os números de páginas a serem sorteados na Misericórdia de Lisboa perante a presença de dez representantes do Governo Civil de Freixo de Nubão. É opinião do Sr. Tavares de que este novo método de paginação não prejudicará a sua leitura já que também as frases estão dispostas de forma absolutamente aleatória.
Mas, milionésima milésima tricentésima quinquagésima sexta edição do livro do Sr. Tavares será, igualmente, o primeiro livro equipado com um sistema anti-plágio desenvolvido pelo próprio no decorrer de algumas noites muito mal dormidas. Este sistema consiste na inclusão de pequeninos e praticamente imperceptíveis erros ortográficos em cada uma das palavras de forma a que seja possível distinguir imediatamente as cópias dos originais.
«Esta Noite, o Equador», terá também um suplemento ilustrado com fotografias catalogadas de todos os frangos deglutidos e digeridos pelos famosos Marajás Devoradores de Frangos de Bhapur e que se acredita montarem a cerca de 238 milhões.
Com «Esta Noite, o Equador», será distribuído um DVD com imagens inéditas de uma morte súbita por ataque de tédio.
A milionésima milésima tricentésima quinquagésima sexta edição do livro do Sr. Tavares terá 400 mil páginas e o Sr. Tavares fez questão de rubricar cada uma delas para que não restem dúvidas da sua autenticidade.
«Esta Noite, o Equador» será distribuído na Doca do Conde de Óbidos, no aeroporto de Figo Maduro e na Praia de Mira. Aconselha-se todos os interessados a requererem junto da editora do Sr. Tavares as devidas autorizações de estacionamento para os seus camiões TIR com que transportarão os seus livros.

DESTE UM TRAQUE, DESTE UM TRAQUE / FOSTES TU!/ FOSTES TU!

Diz-me o Rui, lá de cima, que o jantar de ontem foi um horror. O Jorge largou-se como um boi e ainda fez chalaça com a coisa. O Lourenço estava muito amarelo, o pobrezito tem passado mal. Vomitou e a dada altura parece que se chateou com o Jorge e começou a falar, percebes? a falar.O Jorge, na galhofa, fingiu que telefonava ao Sérgio a encomendar um tareão no Lourenço. O Lourenço, coitadito, acreditou - ele não anda bem - e pediu desculpa, muito enfermiço, muito apagado. Uma miséria. Então era o Jorge a largar-se o o outro a borrar-se. Um horror Menino!, o tasco fedia como não há memória. O Lino também ficou indisposto e arrotava como um javali. E não é que a dada altura sacou do peúgo branco e pô-lo em cima da mesa? Um fedor pestilencial! O Jorge ria que nem um perdido e gritava para o Naldo: «fuma meu cabrão, fuma!». Depois obrigou os outros todos a cantarem em voz alta: «Deste um traque/ deste um traque/ fostes tu/ fostes tu/ olha qu'te borraste! olha qu'te borraste/ limpó cu/ limpó cu». As outras pessoas, incomodadas, começaram a protestar. Havia famílias na sala!
O dono do tasco, muito vermelho, chegou-se à mesa a pedir moderação aos senhores e o Jorge, na reinação, telefonou ao Sérgio a encomendar fogo-posto. O pobre ficou ainda mais branco que o Lourenço.
Olha, Menino, diz o Rui que aquilo parecia o «bunker» do Adolfo antes da queda de Berlim.

AMP

APANHADO A PLAGIAR «EQUADOR» !!!!

PORTO COVO, 21 - A Guarda Nacional Republicana surpreendeu ontem em Porto Covo um individuo suspeito de poder vir a plagiar excertos do romance «Equador». O individuo, de apelido Fernandes, foi apanhado em flagrante possível futuro delito numa praia pouco frequentada onde, segundo apurámos, se encontrava há várias horas a transcrever parágrafos inteiros do livro de Sousa Tavares para um caderno de capa preta. A atitude dele despertou suspeitas num conhecido mirone de mulheres nuas que se encontrava no local. Alertada pelo bufo, a GNR enviou o sargento Vidigueira à praia para averiguações. Questionado pelo agente, Fernandes disse que estava a fazer «pesquisa histórica» para um livro que ia escrever e que naquele momento se encontava a transcrever passagens de «Equador». O sargento Vidigueira não ficou convencido e pediu para ver o caderno. Uma leitura rápida dissipou todas as dúvidas: Fernandes havia copiado, palavra por palavra, quatro parágrafos inteiros de «Equador». O sargento informou-o de que aquele acto podia ser considerado tentativa de crime de plágio e aconselhou Fernandes a apagar tudo o que havia escrito ou, em alternativa, a retocar algumas palavras de modo a que o texto não ficasse exactamente igual ao do livro de Tavares. Fernandes aceitou a sugestão do agente sem objecções. Segundo apurámos, o individuo em questão padece de forte «complexo bajulatório» e é reincidente. Em Julho passado foi detido numa praia da região quando se encontrava a copiar excertos de «Não te Deixarei Morrer David Crockett» e a masturbar-se simultaneamente. Foi denunciado pelo mesmo bufo.

AMP

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

«OLADUBODAQUI» ADACADO PUGUMA GUENITE ADUDA

A gulpa é das budas das guenas do filho da buda do Bai Dadal!


Agui figam fodogdafias da gdande pgaga gue adagou a dossa Guedacçao.
Tebos passado os dias a espigague e a guspigue
e caguegados de ganho do dadiz. Uma begda! Pôga!


Estabos guase a moguegue, bas dao
deixabos de tgabalhague!


Dos últibos dias dao tebos sido cabazes de dized piadas buito boas agui do «oladupogagui». Toda a indgépida Guedacçao do «olatubogagui» foi bagbadamende adacada por uba begda de uba guenite aduda que é, cobo sabem, uba aleguia às guenas do filho da buda do Bai Dadal. Tebos os dadizes todos endupidos com buco dasal e umas begdas de uns espessabentos indegsdiciais ó lá o que é. Bas, apesag de sofgegbos ibenso com dáguimas e ganho e gosba e dudo bais, dão deixabos de dgabalhag baga o quedido leitogue esdeja infogmado. Pod isso guesolvemos publicague as fodos mais guecentes do buco dasal e do guspo da nossa Guedacçao, bem cobo das amigbalas e e dos adedóides e das gadiogafias dos pugmoes e da domogafia computadoguizada do togax com os bgoncogamas bem à mostga.
Besbo guase a mogueg, a Guedacçao do «oladubodaqui» tgabalha paga infogmag os nossos gueguidos leitogues. Obdigado.

O SR.MADAIL E O SEU SKODA FELÍCIA CABRITA EM APUROS

O Sr. Madail no momento em que foi detido por uma Operação STOP: os seus níveis de alcoolémia atingiram 178,5 g/l

Uma Operação STOP da nossa querida e estimada Guarda Nacional Republicana pôs ontem à noite dois milhões de portugueses em prisão domiciliária e condenou à morte 400 mil antes que esses 400 mil condenassem à morte os restantes 9 milhões e 600 mil.

Uma das vítimas desta Operação STOP lançada de surpresa pela calada da noite foi o Skoda Felícia Cabrita conduzido pelo Sr. Madail. Depois de uma rápida análise aos níveis de sangue no alcoól do Sr. Madail o Skoda Felícia Cabrita foi deixado seguir em liberdade, tendo o Sr. Madail sido apreendido e recolhido ao Parque do Alto do Restelo. O Skoda Felícia Cabrita deverá apresentar-se no dia 25 de Dezembro pelas 6h30 no Hospital Militar de Alcochete para verificação dos seus níveis de alcoól no óleo.

O Sr. Madail manter-se-á em prisão domiciliária até que todosos níveis de alcoól se evaporem do sangue, o que deverá acontecer em 2066.

A Guarda Nacional Republicana recusou-se a comentar o sucedido. O sucedido recusou-se a comentar a Guarda Nacional Republicana. Ambos, bêbados, foram imediatamente detidos por uma brigada especial dos Alcoólicos Anónimos.

Nós, Anónimos e Alcoólicos, deixamos aqui a nossa solidariedade para com o Sr. Madail, não esperando dele nada do mesmo género.

O Sr. Madail, entretanto, vomitou.

O Skoda Felícia Cabrita mantem-se impávido.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

«NÓS, CAROLINA» - O NOVO LIVRO DA SRª SALGADO

Uma das fotografias que ilustra o novo livro da Srª Salgado, escrito agora num tom menos intimista, usando o plural majestático, e que promete mais revelações sobre alguns hábitos menos saudáveis do Sr. Costa

Em mais uma extraordinária jogada de antecipação, o «olatuporaqui» alerta os seus leitores para o novo livro da Srª Salgado que está prestes a entrar no prelo. Escrito num plural majestático, «Nós, Carolina» vai trazer a lume excitantes revelações sobre alguns dos menos agradáveis hábitos do Sr. Costa, tal como escarrar no lenço, tirar catotas do nariz durante as refeições e colá-las na parte de baixo do tampo da mesa, arrotar muito alto ao ouvido de velhinhas e mandar espancar pobres e deficientes mentais na Rua de Santa Catarina.
Será, sem dúvida, mais um livro estimulante. E a intrépida Redacção do «olatuporaqui» já foi espreitá-lo, tendo mesmo surripiado uma das fotografias que o ilustra de forma ternurenta e reveladora do idílio vivido entre os dois personagens principais.
ATENÇÃO: os flatos não estão esquecidos. Voltaremos à matéria quando menos se espera.

terça-feira, 19 de dezembro de 2006

Foi você que pediu um Inspector Clouseau?


Dr. Fernando Seara, ilustre presidente da Câmara de Sintra, abrilhantando o baile de máscaras do ano passado no Salão Paroquial de Algueirão.


GRANDE PRÉMIO DO «PIONÉS DO NATAL»


Através de uma das principais filiadas da CERCI, a APDPMCEC - Associação Para Defesa e Procriação de Mamíferos Com Elefantíase Craniana – recebemos este comunicado que, por especial deferência, passamos a divulgar:


«A APDPMCEC - Associação Para Defesa e Procriação de Mamíferos Com Elefantíase Craniana – resolveu distinguir dois colaboradores da SIC Notícias com o galardão internacional “Pionés do Natal 2006” pela forma como tem demonstrado cabalmente ao país e, por arrastamento, a todo o Mundo como se pode levar uma vida quase normal a despeito de se sofrer de um síndroma terrível e incapacitante – o Síndroma da Elefantíase Craniana que provoca o crescimento desmesurado da caixa craniana e uma projecção frontal e galopante dos supracílios.
Estes colaboradores da SIC Notícias, cujo nome a Direcção Executiva da APDPMCEC - Associação Para Defesa e Procriação de Mamíferos Com Elefantíase Craniana – desconhece por completo, são exemplos da espécie mais deformante da doença que conduz, invariavelmente, a um estado letárgico e a uma vacuidade da caixa craniana que tem levado muitos dos seus portadores a arrendarem as suas cabeças a grandes superfícies ou a quarteis de bombeiros.
A APDPMCEC - Associação Para Defesa e Procriação de Mamíferos Com Elefantíase Craniana – vem por este meio gentilmente posto à sua disposição solicitar a quem tem contacto directo com qualquer destes colaboradores da SIC Notícias cujas fotos publicamos em anexo que os alertem para a atribuição do referido prémio, sendo este composto por uma caixa de utilíssimos pioneses coloridos comprados na «Loja Yuan» ao Largo de Santa-Bábara».

Estimado leitor, ajude a APDPMCEC - Associação Para Defesa e Procriação de Mamíferos Com Elefantíase Craniana – a encontrar os seus galardoados. É um gesto natalício bonito e comovente.

«O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»!!?? MAS O QUE É ISTO!!!





Exigimos saber imediatamente, em nome do Sr. Tavares, do Cão e da Sociedade Protectora dos Animais, porque escreveu a Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL, um texto intitulado, leram bem,
«O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»! E é já! Vamos embora!

Foi com profunda e indiscritível estupefacção que deparámos esta semana na revista «Expresso Actual» nº 1781 (página 26) com um artigo assinado pela Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL intitulado, vejam lá bem, «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES». Os olhos arregalaram-se-nos de espanto, o coração disparou-se-nos no peito e o sangue subiu-nos à cabeça em golfadas. Será possível! «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»???!!! Repito: «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»??!!!
De imediato saltámos para a secretária e para esta extraordinária porta de comunicação com o mundo que é o teclado do QWERT. E, daqui, deste nosso posto vigilante no qual ninguém (repito: NINGUÉM!) no «olatuporaqui» dorme, vimos em nome do Sr. Tavares, do cão e da Sociedade Protectora dos Animais exigir uma explicação cabal e imediata, sob a ameaça séria de pauladas e tribunal, à Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL: que venha a terreiro definir com base nos conhecimentos de síntaxe que a profissão lhe administrou o que pretende dizer com «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»! Repito: «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES»! Quer a Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL, dizer que o Sr. Tavares é um canídeo?! É isso, Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL?! Responda! Não se remeta ao silêncio em matéria tão gravosa. Vá! Estamos à espera! Esse silêncio é muito suspeito Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL. Muito suspeito. Um canídeo, o Sr. Tavares?! Porquê? Ladra, por acaso? Gane? Defeca em plena via pública e sobretudo na Rua Luís Derouet a Campo de Ourique?! Tem pulgas? Tem carraças? Levanta a perna e urina em postes de iluminação da nossa bela capital? Usa coleira, porventura? Por que não fala Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL?! Tem receio de alguma coisa? De pauladas? De tribunal?
Isto não pode ficar assim! Não pode! Há demasiadas questões que merecem a sua resposta. Porquê um canídeo? Porque não um felino? Ou um ovino? Ou mesmo um bovino ou um caprino? Porque não «A CABRA DO MIGUEL SOUSA TAVARES»? Ou «O BOI DO MIGUEL SOUSA TAVARES»? Porquê um cão, pobre animal, tão meigo, tão dócil, tão amigo. «O cão é amigo como os que são», não se recorda da sua primeira classe Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL? E que espécie de discriminação é essa? Não se lembrou das gaivotas, das lesmas, dos lemúres, dos tapires, das raposas-das-estepes, dos musaranhos-elefantes, dos cavalos-marinhos e dos cavalos-com-arções, dos chapins-reais e dos ouriços-caxeiros, pois não Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL????!!!! Pois não. Tinha de ser «O CÃO DO MIGUEL SOUSA TAVARES».
Não gostámos mesmo nada Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL. Nada de nada! E vamos continuar à espera das suas explicações. E que sejam cristalinas! Aqui não há lugar para tergiversações! E que isto não se volte a repetir Srª Clara Nunes Correia, Professora de Linguística da FCSH-UNL! Tenha muito cuidado!

BOMBÁSTICO! DESCOBRIMOS O IRMÃO INCÓGNITO DO SR. CAVACO





O Sr. Onório Cavaco é gémeo monozigótico absolutamente desconhecido do Sr. Aníbal Cavaco e exerce funções de destacado manequim nos Armazéns Grandella

A intrépida Redacção do «olatuporaqui» não dorme! Pelas cabeças insones dos nossos repórteres um único pensamento vagueia: o de servir cada vez melhor os seus leitores. A qualquer hora do dia ou da noite, com uma agilidade e uma presença de espírito de fazer inveja ao Homem Aranha (miserável aranhiço!), partem decididos na grande aventura da notícia.
Desta vez trata-se de algo verdadeiramente bombástico! Tremei «Correios da Manhã» e «24 Horas»! Rói-te de inveja «Tal&Qual»! Nós descobrimos o irmão gémeo secreto do Sr. Cavaco. «AH!», direis vós, a garganta sufocada pela surpresa e por algum resquício de gosma tão próprio desta altura do ano. «AH! AH!», dizemos nós, numa tentativa de imitação do Inspector Clouseau.
Temos fotos que o provam e farão calar de vez as mesquinhas vozes que sempre se levantam pejadas de dúvidas infamantes. Fotos do irmão gémeo do Sr. Cavaco que até hoje o Mundo desconhecia. Não, não nos agradeças fiel e querido leitor. É com uma emoção incontrolável que trabalhamos para ti, os olhos marejados de lágrimas comovidas e algumas também fruto da rinite alérgica tão própria destas épocas do ano.
A prova está aí, insofismável. O Sr. Onório Cavaco, que exerce funções de manequim nos Armazéns Grandella, na baixa lisboeta, é uma figura discreta, indecisa entre dois sonhos: ter uma gasolineira em Boliqueime ou ser presidente do Automóvel Clube. Surdo como uma porta de carvalho com gonzos de cobre e batente de ferro forjado em pata de leão, o Sr. Onório Cavaco foi premiado recentemente como o Cliente Sonotone da célebre casa de próteses auditivas. A sua relação com o seu irmão Aníbal pauta-se pelo respeito devido a um parente absolutamente desconhecido e pelo à vontade que a surdez lhe fornece, já que nunca escutou a voz cava dos Cavacos.
Nesta época fraterna de tanta paz e amor e canções com sinos e André Sardet, renas e rinites, pais natais pendurados em prédios e outras porcarias do género, sentimo-nos profundamente felizes por termos contribuído para juntar dois irmãos desavindos, dando assim ao Natal dos Cavacos um toque inesperado de suprema e justificada euforia.

domingo, 17 de dezembro de 2006

É ou não um filho da…Carolina

Ricardo Salgado já reagiu à acusação de ser filho de Carolina Salgado: "Isto vai ser resolvido em tribunal e à paulada". Foi assim que o conhecido Banqueiro plagiou um conhecido Tripeiro. Saraiva, um conhecido Foleiro, resolveu também ele citar José Pacheco, um conhecido Pereiro: "tudo isto me parece um tanto ou quanto abrupto", sentenciou, enquanto trocava um prato de Salmão com espargos - cuja aversão já teve a frontalidade de admitir - por uns ovos estrelados. Na hora do desarranjo intestinal provocado pelo efeito das salmonelas teve ainda um fôlego para nos deixar estas últimas e enigmáticas palavras: "Afinal, salmonelas não vem de Salmão...!?"

Finalmente uma mulher que os tem no sítio

Em declarações ao “olatuporaqui”, a recém nomeada procuradora foi peremptória: “Com o depoimento da Sra. Carolina Morgado, ninguém parará o processo Apito Salgado, ou não me chame eu Maria José Dourado!”

Olá, eu por aqui!

Carolina Salgado só pode ser a mãe de um conhecido banqueiro português. Não há coincidências.

sábado, 16 de dezembro de 2006

O PROMETIDO É DEVIDO! SAI UMA DOSE DE PÊLOS!

DESTA VEZ FOMOS AINDA MAIS LONGE! JORNALISMO A TRÊS DIMENSÕES: PASSADO, PRESENTE E FUTURO!

IMAGENS ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICAS DAS ORELHAS DO SR. COSTA ANTES DA TOSQUIA! IMAGENS DOS PÊLOS DAS CAVIDADES AURICULARES DO SR. COSTA DEPOIS DE EXTRAÍDOS! IMAGENS DA SRª SALGADO PRECAVIDA PARA UM EVENTUAL REATAR DO IDÍLIO!

QUEM NOS AGARRA?!


A Srª Salgado está precavida para um eventual reatar do idílio amoroso que apaixonou o país. Já experimentou o corta-relva Viking, ideal para rapar com conforto grandes extensões de pêlos

Um tufo de pêlos retirado das profundezas da cavidade auricular do Sr. Costa. O tom alaranjado revela um longo contacto com matéria cerosa

Um complexo novelo de pêlos entre os quais a vida abunda. É possível ver a olho nu e sem necessidade de recorrer ao microscópio um casal de ácaros ensaiando a dança do acasalamento

Imagens impressionantes do ombro esquerdo do Sr. Costa depois de uma sessão invulgarmente longa de tosquia








Fotos arrepiantes das orelhas do Sr. Costa antes de serem tosquiadas pela Srª Salgado. Pedimos desculpa não ter aqui à mão uma bolinha vermelha para colocar no canto superior direito do blog



MAIS UMA EMOCIONANTE REPORTAGEM DOS INTRÉPIDOS JORNALISTAS QUE JÁ LHE TINHAM DADO DA CONHECER AS UNHAS CORTADAS DO SR. COSTA!!!!!!!
E O MELHOR ESTÁ PARA VIR: O FLATO!
ESPEREM POR ELA QUE VÃO VER!!!

«Cortava-lhe as unhas dos pés e aparava-lhe os pêlos das orelhas.»
In «Eu, Carolina»


O prometido é devido e o «olatuporaqui» cumpre. O nosso intrépido repórter fotográfico, o mesmo que aqui publicou fotos inéditas das unhas cortadas do Sr. Costa, passou três noites em branco e duas em tinto mas volta a surpreender o Mundo com a sua sagacidade, a sua audácia, o seu arreganho e a sua pertinácia.
Nem o frio, nem a chuva, nem as intempéries, nem os tsunamis, nem uma praga de enviados divinos da Igreja Adventista dos Santos Óleos e Últimos Dias da Conservação em Azeite e Alho, nem dois cabos da Guarda Republicana irremediavelmente bêbados, nem um cabo de alta tensão e colesterol a níveis elevados, nem catorze pauladas do Sr. Tavares o impediram de cumprir a sua missão. E elas aí estão, comoventes, dramáticas, extraordinárias! Imagens únicas dos pêlos das orelhas do Sr. Costa. Mas fomos ainda mais longe e entrámos no campo ainda não explorado do jornalismo tridimensional: com Passado, Presente e Futuro!
Só um profundo sentido profissional nos impede de verter algumas lágrimas de ocasião. A emoção transborda dos nossos corações ao alto. Mais uma vez, ultrapassando os limites do jornalismo de investigação, o «olatuporaqui» traz aos seus leitores pedaços vivos da História recente de Portugal. Vivos sim, vivos! Alguns destes pêlos ainda gemiam quando foram capturados pela objectiva do nosso intrépido fotógrafo. E, na habitual cassete que mão biltre nos faz chegar com gravações dos segredos de alcova do Sr. Costa e da Srª Salgado, pudemosv escutar embevecidos a forma como, nos ternos momentos da tosquia, o Sr. Costa balia de mansinho, imitando os amorosos carneirinhos que retouçam nos relvados imaculadamente verdes da religiosa Irlanda.
Mas há mais. Num raro instinto de antecipação, ficamos a saber que na eventualidade de o Sr. Costa e a Srª Salgado reatarem o seu idílio, ela irá oferecer ao seu Romeu, no próximo aniversário do enlevado amante, um poderoso tractor corta-relva de marca Viking que dá grande prazer durante o corte. Fácil de manejar, tem uma capacidade para corte de grande quantidade de pêlos, não apenas das orelhas como também dos sovacos e, se necessário, pêlos púbicos. Até mesmo grandes superfícies podem ser cortadas rápida e comodamente sentados. Estes confortáveis tractores corta-relva existem com diversas larguras de corte, potências de motor, com mudanças de mão ou automáticas e expulsão traseira ou lateral, extremamente conveniente para os que, como o Sr. Costa, sofrem de flatulência. Dizem os catálogos da marca que também é possível fazer mulching com estes tractores, seja lá o que isso fôr. A Srª Salgado, segundo apurámos, ainda não decidiu que modelo oferecer ao seu eventual mais-que-tudo na eventualidade de ele o voltar a ser. Fontes próximas do ex-casal garantiram-nos, no entanto, que o reatamento está, de momento, posto fora de equação, o que não causa supresa sabendo que nem um nem outro são barras a matemática.Bem hajam Sr. Costa e Srª Salgado por repartirem connosco, de forma tão altruísta, as vossas efeverscências hormonais. E, mais uma vez, na vanguarda de todo o jornalismo que se faz entre nós, o «olatuporaqui» orgulha-se de apresentar uma foto-reportagem digna de ombrear com o que de melhor se faz lá por esse planeta a que de uma forma muito terra a terra resolvemos chamar de Terra, embora tivesse sido considerada a sugestão muito pão pão queijo queijo de lhe poder vir a atribuir o nome de Pão ou de Queijo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

CHOCADOS, HUMILHADOS E OFENDIDOS! PESSOA SÓ HÁ UM (DOIS)

Eis um machão tipo Saraiva



Foi com uma profunda repugnância e uma sensação de incomodativa impotência que fomos agredidos com a notícia infame da atribuição do Prémio Pessoa ao Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas contra o Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas a favor do Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas desde que foi recentemente abalroado por uma lambreta desgovernada na Av. António Augusto Aguiar e condenado a uma existência quase vegetativa numa cadeira de rodas.
Nada move o autor destas linhas contra qualquer Câmara. Talvez ligeiramente contra a Câmara de Gondomar porque não lhe reconhece o direito de ter mar no nome. O mar fica longe à brava de Gondomar. Era o que faltava que a Guarda se chamasse Guardamar.
Para nós, aqui no «olatuporaqui», o Prémio Pessoa só poderia ser entregue a uma pessoa. Aliás, para nós, Pessoa só há um! Há dois. O Fernando da Brasileira e o Sr. Saraiva (todos de pé e começam a ouvir-se ao longe as primeiras estrofes do Hino Nacional...).
A perfídia é evidente. O requinte de malvadez é tão cristalino como um fraquinho de perfume da Boémia.
O Sr. Câmara pode ser um porreiraço. Pode ser um fixola, um supimpa, um bacano, um benemérito emérito e de mérito. Pode ser um dos apóstolos, menos o Judas Iscariotes que era um trapalhão. Mas não pode ser o Prémio Pessoa.
O Prémio Pessoa é o Sr. Saraiva (NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE...)!
O «Expresso», que atribui o Prémio Pessoa, caiu na mais mesquinha das vinganças. O Sr. Saraiva (Ó PÁTRIA SENTE-SE A VOZ...) foi o pai biológico, a mãe solteira, o avô cantigas do «Expresso». O Sr. Saraiva (DOS TEUS EGRÉGIOS AVÓS...) foi a parteira que, com mãos de fada e um sorriso nos lábios, trouxe à luz do sol o «Expresso» no seu saco de plástico! Que se levante o primeiro a desmentir-nos! Será condenado ao degredo! Passará horrores com larvas enfiadas nos ouvidos com uma pinça de bico de pato! Será atingido com uma página de incongruências na revista «Tabu» do próximo sábado!
Perante este escândalo, fomos num instante roubar uma opinião sobre o Sr. Saraiva (QUE HÁ-DE GUIAR-TE À VITÓRIA!). Um roubo como deve ser, nada daquelas coisas patetas de copiar parágrafos inteiros sobre marajá e frangos e outras aves do género. Fomos aqui ao lado, ao nosso vizinho «AspirinaB» e roubámos a opinião do Sr. João Pedro Costa. E passamos a citar: «Esse senhor é um absoluto palerma. Há dias, vi-o no programa do Francisco José Viegas dizer que os «Saraivas» (o pai dele e o avô) eram muito machos porque peludos. Esse gajo é pior que Valha-me Deus.» - fim de citação.
Pode não ter sido uma opinião de luxo, mas a cavalo roubado não se olha o dente, como diz o povoléu.
Assim sendo, Sr. Saraiva (ÀS ARMAS! ÀS ARMAS!) venha daí. Apanhe uma boleia do Sr. Guerra que ainda não veio cá apanhar o seu Nobelzito, e apareça nas nossas instalações numa hora de expediente – aqui é tudo expedientes – e receba das mãos do nosso Director o seu Prémio Pessoa 2006: um pequeno-almoço completo preparado pela D. Lurdes do rés-do-chão. Com cornichons!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

O NOSSO NOBEL HONORÁRIO DE DEZEMBRO


Como não tínhamos material para ilustrar esta notícia, pusemos aqui este varrasquinho muito asadinho. E não fica mal, não senhor... É muito jeitoso o cevadito



Numa votação em massa – o meu voto a favor e todos os outros anulados por gravíssimas irregularidades processuais – o júri (sim... O JÚRI!) do «olatuporaqui» acaba de eleger Pedro Guerra, colunista do «Diário Digital», como o nosso Nobel Honorário do mês de Dezembro. Um naco de prosa que qualquer um dos alimentadores habituais do «olatuporaqui» não se importaria de subscrever está na génese da atribuição deste louvor que Guerra arrebata com indiscutível mérito. Embora sem a leveza, a souplesse e o refinado humor dos escritos do Sr. Saraiva (escuta-se ao longe a marcha «Pompa e Circunstância» do velho Elgar), não deixa, apesar de tudo, se ser muito provavelmente nobelizável.
A forma como se refere a um dos mamíferos predilectos do «olatuporaqui» faz-nos ficar eternamente admiradores da sua verve.

E AGORA! SENHORAS E SENHORES! MENINOS E MENINAS!

TCHAM! TCHAM! TCHAM! TCHAM!!!!

O NACO DE PROSA!

Chiuuuuu! Silêncio por favor....

«Quanto a Miguel Sousa Tavares, conheço a figura, as manhas, os truques, e confesso que deixei de ler há muito tempo as suas crónicas em "A Bola", tal a quantidade de disparates e dislates que vai escrevendo semanalmente. Normalmente, este escriba distorce os factos, ataca o Benfica de forma impiedosa e insultuosa, e sobre o "Apito Dourado" é melhor nem falar. Já li uma prosa sua em que teve a lata de sentenciar que o único problema de Pinto da Costa, neste processo, era do foro disciplinar, ocultando as questões de índole criminal. Ou seja, os crimes por que esteve ou ainda está indiciado o presidente dos dragões – corrupção desportiva activa, tráfico de influência, falsificação de documento e abuso de poder sob a forma de instigação. O que este senhor diz na TVI e escreve no mais importante diário desportivo do País é-me absolutamente indiferente. Por isso, a sua última crónica a defender a demissão de Pinto da Costa é, concedo, imperdível, surreal e merece reflexão. Diz ele que, em nome do seu código de conduta e dos seus valores de vida (etc., etc.), o presidente do FC Porto devia demitir-se para poupar o clube a semelhante vexame, propondo o seu regresso quando estiver provada a sua inocência. Ora aqui temos já a sentença dada. Escusam os tribunais e os operadores judiciários de gastar dinheiro ao erário público, pois a sentença está dada - Pinto da Costa é, obviamente, inocente. Quanto aos factos em si, a eventual compra de árbitros para jogos do FCP, a alegada tareia a um corajoso autarca, cujas denúncias estiveram na génese do maior escândalo do futebol português, e a extraordinária fuga de informação que terá permitido a Pinto da Costa fugir à justiça, nem uma linha. O essencial, para este senhor, é a qualidade do livro, que ele carinhosamente trata por “um pedaço de papel higiénico”. A isto chama-se excesso de elegância! Infelizmente, há gente em Portugal que graças ao facto de conhecer as pessoas certas nos sítios certos têm palco em jornais, rádios e televisões. Podem dizer e escrever os maiores disparates que ninguém contesta e ainda são pagos para isso!Em vez de se cingir aos factos, que por si só são gravíssimos, o “novo moralista azul e branco” preferiu generalizar os casos, pondo no mesmo saco Valentim Loureiro, João Loureiro, Gilberto Madaíl, José Veiga e Luís Filipe Vieira. Comparar as condutas do presidente do Benfica, que corajosamente e de forma algo quixotesca se bateu pelo andamento do processo "Apito Dourado", com as condutas do presidente do FC Porto, reveladas pela sua ex-companheira e indiciadas nos vários processos criminais, é um insulto à inteligência das pessoas. Luís Filipe Vieira pode não ser a pessoa mais simpática do mundo. Admito que a sua frontalidade exaspere qualquer adepto de um clube rival, mas Luís Filipe Vieira, que me conste, nunca esteve indiciado por corrupção ou tráfico de influências. Não me consta que o presidente do Benfica tenha mandado contratar algum serviço de prostitutas para premiar os “árbitros amigos” ou que tenha encomendado alguma tareia a alguém.Há artigos que não deviam merecer sequer comentários, mesmo que sejam escritos num jornal desportivo de referência. Mas há limites para a desfaçatez e para a falta de vergonha.»

Parabéns amigo Guerra! Pode vir levantar o seu Nobel Honorário nos nossos escritórios na hora de expediente ou quando o Sr. Saraiva andar à procura da sala do pequeno-almoço.
Continue! Dê-lhe com força! Se ele vier com pauladas, nós cá estamos para oferecer o nosso cachaço também. Um por todos; todos contra um!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

REPORTAGEM CHOCANTE SOBRE AS UNHAS CORTADAS DO SR. COSTA!!!!

A tesoura da poda da Srª Salgado: pode atingir os 22 Euros.



EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO!

INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO!


INÉDITO E EXCLUSIVO! COISA TESA MESMO!



Imagens absolutamente inéditas das unhas do Sr. Costa depois de aparadas pela Srª Salgado! Chocante!



Chocante! Chocante! Chocante! Chocante!
NÃO PERMITA POR AMOR DE DEUS QUE OS SEUS FILHOS VEJAM ISTO!!!!




Crocante!

Imagens dignas de um National Geographic!






Algumas destas cútis parece que ainda respiram...
Não duvidem! Aquilo que aqui divulgamos são as unhas do Sr. Costa! Um testemunho ímpar de uma forma ímpar de fazer jornalismo. Mas prometemos mais e melhor! Traremos ao vosso conhecimento, muito em breve, os pêlos das orelhas aparados do Sr. Costa. E até, talvez, um pequenino flato!


NÃO PERCAM! NÃO SEJAM ESTÚPIDOS!



Não podendo ficar indiferente à terrível polémica que o opúsculo dado à estampa pela Srª Salgado provocou na sociedade portuguesa, a Redacção do «olaporaqui» lançou-se num estenuante e rigoroso programa de jornalismo de investigação de forma a fornecer aos seus leitores um exclusivo bombástico sobre a vida em comum desses dois personagens extraordinários que dão pelo nome de Srª Salgado e Sr. Costa.
Como não há jornalismo de investigação sem denúncias, como todos nós sabemos, temos de agradecer à mão biltre que nos fez chegar uma cassete com sons subtraídos de um momento da mais sublime intimidade vivida entre a Srª Salgado e o Sr. Costa em tempos não assim tão distantes.
A partir dessa cassete a Redacção do «olatuporaqui» movimentou todos os seus efectivos para um trabalho exaustivo do qual apresenta, hoje, com profundo e justificado orgulho, os seus frutos.
Não tememos afirmar que este é o melhor trabalho de jornalismo investigativo publicado em Portugal desde que alguém aprofundou a falta de originalidade de muitos parágrafos de um livro chamado «Equador» que, como estarão recordados, não teve lançamento oficial devido aos facto de pesar cerca de 22 arrobas, limitando-se a ser multado por estacionamento indevido em várias prateleiras das mais diversas livrarias e supermercados do país.
Não temos medo dos pontos de exclamação!
Esta reportagem merece-os amplamente.
Exclusiva! Inédita! Chocante!
Não temos medo da polémica, dos puzzles, das gravatas, do gel e da bacoquice: estamos para lá da frontalidade do pequenino Santos da Cabeça Gorda e não precisamos de quadrinhos com tácticas saloias.
Os sons recolhidos na cassete que mão biltre nos fez chegar são claros e inconfundíveis. Ao fundo, um relógio dá doze badaladas – estando nós a investigar arduamente se serão doze badaladas de meio-dia ou de meia-noite, informação que vos faremos chegar mal seja do nosso conhecimento. Entre as vozes da Srª Carolina e do Sr. Costa, alguns ruídos permitem-nos supor que o extremoso casal tinha um pónei amarrado na cave, um lemur pendurado no candeeiro da sala de costura e se dedicava à criação de aves de arribação não nidificantes.
Eis quando se escuta, em primeiro plano, o tinir das lâminas da tesoura da Srª Carolina.
Seguidores infatigáveis do CSI – nas suas versões Miami, Los Angeles e Nova Iorque – os repórteres intrépidos de «olatuporaqui» não têm dúvidas de que se trata de uma Tesoura de Podar de Lâmina Dupla com Batente de Corte Tirante, com 25 cm de comprimento e 270 gramas de peso, trinco de bloqueio e cordão para pendurar no pulso, lâminas revestidas de material anti-aderente e anti-corrosão, com um sistema ideal para corte com menos esforço, conveniente para todo o tipo de ramos, inclusive ramos mortos. Esta tesoura pode atingir o preço de 21, 93 Euros no mercado negro.
Conscientes do seu dever como cidadãos, respeitadores da ordem e da lei – às vezes até mesmo da grei – os intrépidos repórteres do «olatuporaqui» enviaram de imediato o relatório sobre a tesoura de podar para o Instituto de Medicina Legal do Porto onde, neste momento, estará a ser analisado pelo Dr. Costa, irmão do Sr. Costa, um barbaçanas muito conhecido em Afife, Alvaiázere, Vilar de Perdizes e Vilar de Andorinho – onde o grande Júnior do restaurante também afirma conhecê-lo.
Depois, de consciência tranquila, desgravaram o resto da cassete. E, que ouvimos nós, Deus nosso! Suspiros, gemidos, gritos, pedidos de clemência, movimentos peristálticos, súplicas, conversas em alemão vernáculo, telefonemas para a Telepizza exigindo doses reforçadas de anchovas, e um não mais acabar de intimidades.
No auge das suas mais fortes sensações, entrecortado pelo tinir das lâminas da tesoura de podar, pode-se escutar, nítida, a voz do Sr. Costa gritando: «Ai Carolina! Ó-i, ó-ai!» e, logo em seguida, «Ai Carolina! Ó ai meu bem!».
Os intrépidos repórteres do «olatuporaqui» não quiseram mergulhar no pântano do amor entre este dois mamíferos. Por isso, limitaram-se a trazer à superfície aquilo que pode verdadeiramente interessar à opinião pública. Embuídos e embebidos – e sobretudo bebidos – da sua função de informadores, deixaram no silêncio os pormenores sórdidos – que os há, em profusão! – para divulgarem somente a realidade dos factos.
Sabemos como ser sérios tem custos. Mas nós estamos aqui, decididos e prontos a afrontar quem quiser abafar a verdade. O nosso lema será sempre: INFORMAR CUSTE O QUE CUSTAR, ORA CHIÇA! MORRA QUEM SE NEGUE, PASSA AÍ UM PÃOZINHO, Ò SARAIVA!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

AJUDEM O SR. SARAIVA A ENCONTRAR O SEU SANDUÍCHE

Este exercício é muito simples e pode salvar a vida ao Sr. Saraiva.
1. Coloque o Sr. Saraiva no início do labirinto.
2. Coloque o sanduíche no fim do labirinto.
3. Imagine o Sr. Saraiva perdido e esfomeado no seu hotel de NY.
4. Imagine o Sr. Saraiva a sonhar com um sanduíche de queijo cheddar com cornichons.
5. Deixe o Sr. Saraiva devorar o sanduíche.









Rapaziada,

Fiquei deveras preocupado. Vejam bem:
«Mas a coisa, do meu lado, não começou bem. Na primeira manhã da estada em NY, Gomes Mota faria uma intervenção, numa das salas do hotel, em que explicaria aos jornalistas a situação da companhia, apresentaria as novidades (como a classe Navigator) e anteciparia o futuro. Eu levantei-me de manhã, desci ao piso do restaurante mas não descobri a sala dos pequenos-almoços. Encontrei, então, um colega - e decidimos ambos ir tomar o breakfast à rua. Seria muito mais interessante do que ficarmos enfiados no hotel.
Quando voltámos, perguntámos na recepção onde era a apresentação do presidente da TAP. Mas não sabiam. Começámos a procurar por toda a parte. Quando encontrámos a sala, Gomes Mota estava a acabar de falar. Perguntámos a um assessor se ele faria outra intervenção durante a viagem. Mas nada! Aquela era a única. Gomes Mota deve ter pensado na inutilidade do convite que nos fizera (a mim e ao meu companheiro de pequeno-almoço). Não me senti bem.»
Este extraordinário relato de viagens, só ao nível de uma Alexandra David-Neel, a primeira mulher europeia a por os pés no (a seu tempo) recôndito Tibete, veio publicado no Sol e leva a veneranda assinatura de José António Saraiva (uma vénia...).
Todos sabemos da importância de um bom pequeno-almoço para o regular funcionamento do cérebro e dos intestinos - e há casos, como está largamente demonstrado, de seres humanos cuja ligação entre os dois órgãos é tão profunda que quase se extinguem por confusão.
José António Saraiva (outra vénia...) correu o risco terrível de ficar sem pequeno-almoço nessa manhã de pesadelo em NY.
José António Saraiva (mais vénias...) teve de ir tomar o pequeno-almoço à rua o que, em NY, representa um perigo de vida ou de incapacidade física total, cérebro incluído e talvez até intestinos.
José António Saraiva (salva de palmas longa, com todos de pé e fazendo vénias ao mesmo tempo...) não se sentiu bem!!!
Infelizmente o relato, a despeito de excepcionalmente bem escrito, não nos dá pormenores sobre as virtualhas deglutidas pela dupla de interessantíssimos colegas nesse aventuroso pequeno-almoço nas ruas de NY, mas algo terá provocado o referido mal estar. Com isto se prova a tese de que é muito arriscado tomar o pequeno-almoço nas ruas de NY: quod erat demonstrandum!
Consciente da epopeia vivida por José António Saraiva (vénias, aplausos, bravos!, e cartazes exigindo um Nobel ad hoc...), digna da lendária busca de Stanley por Livingstone, proponho-vos, amigos meus, um intrincado exercício de meninges que vos poderá, em poucas semanas, adquirir, por um preço módico, um cérebro (e até, talvez, uns intestinos) ao nível de José António Saraiva (desmaios, gritos histéricos e recolha de fundos para um busto, em bronze, da autoria de Cargaleiro...).
Vamos a isto!

domingo, 10 de dezembro de 2006

A NOBREZA DO BARÃO DO TALHO


Para o AMP:

Meu menino, andas catita?

Estava aqui a encasquinar numas coisitas e eis que, de repente, me lembro daquela canção do Paulinho da Viola cantada pelo Chico Buarque e pela Maria Bethânia:
Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... Evocê?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone
- Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!
Ou da outra, do Paulo de Carvalho, cantada a meias com o Tozé-Trinaranjusétãonatural-Brito:-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar
-Quando ela entrou, e sorriu-me, e olhou-me, não deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:
-Olá! Tu por aqui?
-Olá... então como vais?
-Tudo vai bem?
-Olha, tudo vai mal para mim.
-Mas tudo vai mal porquê?
-Foi um amor que eu perdi, Ela partiu, eu fiquei... Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
-Se a encontrar, direi.
Fiquei a matutar porque teremos nós, portugueses, a mania que o brasileiro não é para trabalhar e é mais para cantar samba e jogar futebol...Na versão brasileira deste encontro, os pobres mamíferos andam loucos de trabalho e cruzam-se a correr num semáforo fechado, andam a cem, o que dava uma multazinha da nossa diligente bófia aqui na velha capital do império. Na versão portuguesa, lamentam-se de tudo menos de terem muito para fazer. Aliás, lamentam-se mais do que ficou por fazer...
Diria eu, meu menino, que este é um bom tema para entreter as circunvoluções do cérebro de dois desempregados... Não desfazendo.
Vai daí, ZÁS!, faço um blog! Toma lá disto! Não custa nada, é num instante, e sempre a gente dá aqui à taramela, podemos comentar as novidades do Universo, dar umas traulitadas neste e naquele e por aí fora.
Quem diria!? Afinal um blog é utilíssimo. Toda a gente devia ter um. É como ter um cão ou um gato ou um bonsai ou uma colecção de bichos da seda ou um grilo naquelas gaiolas de plástico pequeninas que havia quando éramos miúdos: damos-lhe um osso, uma folhinha de alface e ele vive catita a abanar o rabo (claro que só no caso do cão, o bonsai e o grilo não abanam...). Depois resta limpar a matéria orgânica que larga no passeio, ou seja, raspar metade da merda dos comentários. Até devia existir uma Sociedade Protectora dos Blogs, ou algo do género...
De qualquer forma, voltando à vaca fria (e a vaca também é um animal bastante estimável, em determinadas circunstâncias), há nas duas canções uma carga de lamechice muito razoável. E eu até gosto muito do Chico e do Paulo, que conheço pessoalmente e estimo como pessoas e não só músicos. Por isso, não te «lameches» tu também.Afinal, isto acabou por ser apenas um motivo para a gente combinar a tal cervejinha. Uma daquelas matinais, cheias de gás, servidas entre cascas de tremoço da véspera lá no cafezório à beira do Brisa do Tejo. Já nem me lembro do nome. É grave? Como é que tu dizias? «Vamos lá baixar um bocado o nível»... (?)
Teria sido o local ideal para a tal Carolina apresentar o seu livrinho. Com bagaço em vez de cerveja... Convidava-se o Barão do Talho para servir um pratinho de túbaros de carneiro e viva lá o seu compadre.E era a perfeita «chinfrineira», como diria o velho Eça.Sairiam todos a correr já de grão na asa para pegarem os seus lugares no futuro. No futuro de quê?, não me dizes...
Gostaria de te surpreender aqui com uma bela foto do velho Barão do Talho (que nome nobre, cheio de História!), mas embora investigasse longamente a heráldica da Casa de Sintra não dei sequer com o brasão de tão aristocrática figura. Remediei-me de uma forma bem mais prosaica e popular e desarrinquei o Sr. René e o Sr. Olímpio no seu limpíssimo Talho do Bairro Azul no qual o brilho das lajes do chão reflecte a pureza das bifanas e o requinte do acém...
Segunda já lá vou encomendar umas iscas e uma aba de vitela. Provavelmente dou de caras com o nosso Miguele e Vallle e Figgueireddo (Viconte du Arrondissement Blue) e aproveito para lhe lançar de cernelha:
- Olá, tu por aqui?
O que deve dar motivo para três horas de conversa. A monarquia nunca foi tarefa fácil... Que o diga o nosso Duarte Pio que na mesma semana teve de dar duas entrevistas de estadão a duas revistas concorrentes. Parecia um treinador do Benfica ou do Sporting a dar entrevistas por atacado à Bola e ao Record... Nisso o do Porto tem mais sorte: só precisa de falar para o Jogo...
Olha, vai dando novas.
Deste que te estima...