sábado, 16 de dezembro de 2006

O PROMETIDO É DEVIDO! SAI UMA DOSE DE PÊLOS!

DESTA VEZ FOMOS AINDA MAIS LONGE! JORNALISMO A TRÊS DIMENSÕES: PASSADO, PRESENTE E FUTURO!

IMAGENS ABSOLUTAMENTE FANTÁSTICAS DAS ORELHAS DO SR. COSTA ANTES DA TOSQUIA! IMAGENS DOS PÊLOS DAS CAVIDADES AURICULARES DO SR. COSTA DEPOIS DE EXTRAÍDOS! IMAGENS DA SRª SALGADO PRECAVIDA PARA UM EVENTUAL REATAR DO IDÍLIO!

QUEM NOS AGARRA?!


A Srª Salgado está precavida para um eventual reatar do idílio amoroso que apaixonou o país. Já experimentou o corta-relva Viking, ideal para rapar com conforto grandes extensões de pêlos

Um tufo de pêlos retirado das profundezas da cavidade auricular do Sr. Costa. O tom alaranjado revela um longo contacto com matéria cerosa

Um complexo novelo de pêlos entre os quais a vida abunda. É possível ver a olho nu e sem necessidade de recorrer ao microscópio um casal de ácaros ensaiando a dança do acasalamento

Imagens impressionantes do ombro esquerdo do Sr. Costa depois de uma sessão invulgarmente longa de tosquia








Fotos arrepiantes das orelhas do Sr. Costa antes de serem tosquiadas pela Srª Salgado. Pedimos desculpa não ter aqui à mão uma bolinha vermelha para colocar no canto superior direito do blog



MAIS UMA EMOCIONANTE REPORTAGEM DOS INTRÉPIDOS JORNALISTAS QUE JÁ LHE TINHAM DADO DA CONHECER AS UNHAS CORTADAS DO SR. COSTA!!!!!!!
E O MELHOR ESTÁ PARA VIR: O FLATO!
ESPEREM POR ELA QUE VÃO VER!!!

«Cortava-lhe as unhas dos pés e aparava-lhe os pêlos das orelhas.»
In «Eu, Carolina»


O prometido é devido e o «olatuporaqui» cumpre. O nosso intrépido repórter fotográfico, o mesmo que aqui publicou fotos inéditas das unhas cortadas do Sr. Costa, passou três noites em branco e duas em tinto mas volta a surpreender o Mundo com a sua sagacidade, a sua audácia, o seu arreganho e a sua pertinácia.
Nem o frio, nem a chuva, nem as intempéries, nem os tsunamis, nem uma praga de enviados divinos da Igreja Adventista dos Santos Óleos e Últimos Dias da Conservação em Azeite e Alho, nem dois cabos da Guarda Republicana irremediavelmente bêbados, nem um cabo de alta tensão e colesterol a níveis elevados, nem catorze pauladas do Sr. Tavares o impediram de cumprir a sua missão. E elas aí estão, comoventes, dramáticas, extraordinárias! Imagens únicas dos pêlos das orelhas do Sr. Costa. Mas fomos ainda mais longe e entrámos no campo ainda não explorado do jornalismo tridimensional: com Passado, Presente e Futuro!
Só um profundo sentido profissional nos impede de verter algumas lágrimas de ocasião. A emoção transborda dos nossos corações ao alto. Mais uma vez, ultrapassando os limites do jornalismo de investigação, o «olatuporaqui» traz aos seus leitores pedaços vivos da História recente de Portugal. Vivos sim, vivos! Alguns destes pêlos ainda gemiam quando foram capturados pela objectiva do nosso intrépido fotógrafo. E, na habitual cassete que mão biltre nos faz chegar com gravações dos segredos de alcova do Sr. Costa e da Srª Salgado, pudemosv escutar embevecidos a forma como, nos ternos momentos da tosquia, o Sr. Costa balia de mansinho, imitando os amorosos carneirinhos que retouçam nos relvados imaculadamente verdes da religiosa Irlanda.
Mas há mais. Num raro instinto de antecipação, ficamos a saber que na eventualidade de o Sr. Costa e a Srª Salgado reatarem o seu idílio, ela irá oferecer ao seu Romeu, no próximo aniversário do enlevado amante, um poderoso tractor corta-relva de marca Viking que dá grande prazer durante o corte. Fácil de manejar, tem uma capacidade para corte de grande quantidade de pêlos, não apenas das orelhas como também dos sovacos e, se necessário, pêlos púbicos. Até mesmo grandes superfícies podem ser cortadas rápida e comodamente sentados. Estes confortáveis tractores corta-relva existem com diversas larguras de corte, potências de motor, com mudanças de mão ou automáticas e expulsão traseira ou lateral, extremamente conveniente para os que, como o Sr. Costa, sofrem de flatulência. Dizem os catálogos da marca que também é possível fazer mulching com estes tractores, seja lá o que isso fôr. A Srª Salgado, segundo apurámos, ainda não decidiu que modelo oferecer ao seu eventual mais-que-tudo na eventualidade de ele o voltar a ser. Fontes próximas do ex-casal garantiram-nos, no entanto, que o reatamento está, de momento, posto fora de equação, o que não causa supresa sabendo que nem um nem outro são barras a matemática.Bem hajam Sr. Costa e Srª Salgado por repartirem connosco, de forma tão altruísta, as vossas efeverscências hormonais. E, mais uma vez, na vanguarda de todo o jornalismo que se faz entre nós, o «olatuporaqui» orgulha-se de apresentar uma foto-reportagem digna de ombrear com o que de melhor se faz lá por esse planeta a que de uma forma muito terra a terra resolvemos chamar de Terra, embora tivesse sido considerada a sugestão muito pão pão queijo queijo de lhe poder vir a atribuir o nome de Pão ou de Queijo.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

CHOCADOS, HUMILHADOS E OFENDIDOS! PESSOA SÓ HÁ UM (DOIS)

Eis um machão tipo Saraiva



Foi com uma profunda repugnância e uma sensação de incomodativa impotência que fomos agredidos com a notícia infame da atribuição do Prémio Pessoa ao Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas contra o Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas a favor do Sr. António Câmara.
Nada move o autor destas linhas desde que foi recentemente abalroado por uma lambreta desgovernada na Av. António Augusto Aguiar e condenado a uma existência quase vegetativa numa cadeira de rodas.
Nada move o autor destas linhas contra qualquer Câmara. Talvez ligeiramente contra a Câmara de Gondomar porque não lhe reconhece o direito de ter mar no nome. O mar fica longe à brava de Gondomar. Era o que faltava que a Guarda se chamasse Guardamar.
Para nós, aqui no «olatuporaqui», o Prémio Pessoa só poderia ser entregue a uma pessoa. Aliás, para nós, Pessoa só há um! Há dois. O Fernando da Brasileira e o Sr. Saraiva (todos de pé e começam a ouvir-se ao longe as primeiras estrofes do Hino Nacional...).
A perfídia é evidente. O requinte de malvadez é tão cristalino como um fraquinho de perfume da Boémia.
O Sr. Câmara pode ser um porreiraço. Pode ser um fixola, um supimpa, um bacano, um benemérito emérito e de mérito. Pode ser um dos apóstolos, menos o Judas Iscariotes que era um trapalhão. Mas não pode ser o Prémio Pessoa.
O Prémio Pessoa é o Sr. Saraiva (NOBRE POVO, NAÇÃO VALENTE...)!
O «Expresso», que atribui o Prémio Pessoa, caiu na mais mesquinha das vinganças. O Sr. Saraiva (Ó PÁTRIA SENTE-SE A VOZ...) foi o pai biológico, a mãe solteira, o avô cantigas do «Expresso». O Sr. Saraiva (DOS TEUS EGRÉGIOS AVÓS...) foi a parteira que, com mãos de fada e um sorriso nos lábios, trouxe à luz do sol o «Expresso» no seu saco de plástico! Que se levante o primeiro a desmentir-nos! Será condenado ao degredo! Passará horrores com larvas enfiadas nos ouvidos com uma pinça de bico de pato! Será atingido com uma página de incongruências na revista «Tabu» do próximo sábado!
Perante este escândalo, fomos num instante roubar uma opinião sobre o Sr. Saraiva (QUE HÁ-DE GUIAR-TE À VITÓRIA!). Um roubo como deve ser, nada daquelas coisas patetas de copiar parágrafos inteiros sobre marajá e frangos e outras aves do género. Fomos aqui ao lado, ao nosso vizinho «AspirinaB» e roubámos a opinião do Sr. João Pedro Costa. E passamos a citar: «Esse senhor é um absoluto palerma. Há dias, vi-o no programa do Francisco José Viegas dizer que os «Saraivas» (o pai dele e o avô) eram muito machos porque peludos. Esse gajo é pior que Valha-me Deus.» - fim de citação.
Pode não ter sido uma opinião de luxo, mas a cavalo roubado não se olha o dente, como diz o povoléu.
Assim sendo, Sr. Saraiva (ÀS ARMAS! ÀS ARMAS!) venha daí. Apanhe uma boleia do Sr. Guerra que ainda não veio cá apanhar o seu Nobelzito, e apareça nas nossas instalações numa hora de expediente – aqui é tudo expedientes – e receba das mãos do nosso Director o seu Prémio Pessoa 2006: um pequeno-almoço completo preparado pela D. Lurdes do rés-do-chão. Com cornichons!

quinta-feira, 14 de dezembro de 2006

O NOSSO NOBEL HONORÁRIO DE DEZEMBRO


Como não tínhamos material para ilustrar esta notícia, pusemos aqui este varrasquinho muito asadinho. E não fica mal, não senhor... É muito jeitoso o cevadito



Numa votação em massa – o meu voto a favor e todos os outros anulados por gravíssimas irregularidades processuais – o júri (sim... O JÚRI!) do «olatuporaqui» acaba de eleger Pedro Guerra, colunista do «Diário Digital», como o nosso Nobel Honorário do mês de Dezembro. Um naco de prosa que qualquer um dos alimentadores habituais do «olatuporaqui» não se importaria de subscrever está na génese da atribuição deste louvor que Guerra arrebata com indiscutível mérito. Embora sem a leveza, a souplesse e o refinado humor dos escritos do Sr. Saraiva (escuta-se ao longe a marcha «Pompa e Circunstância» do velho Elgar), não deixa, apesar de tudo, se ser muito provavelmente nobelizável.
A forma como se refere a um dos mamíferos predilectos do «olatuporaqui» faz-nos ficar eternamente admiradores da sua verve.

E AGORA! SENHORAS E SENHORES! MENINOS E MENINAS!

TCHAM! TCHAM! TCHAM! TCHAM!!!!

O NACO DE PROSA!

Chiuuuuu! Silêncio por favor....

«Quanto a Miguel Sousa Tavares, conheço a figura, as manhas, os truques, e confesso que deixei de ler há muito tempo as suas crónicas em "A Bola", tal a quantidade de disparates e dislates que vai escrevendo semanalmente. Normalmente, este escriba distorce os factos, ataca o Benfica de forma impiedosa e insultuosa, e sobre o "Apito Dourado" é melhor nem falar. Já li uma prosa sua em que teve a lata de sentenciar que o único problema de Pinto da Costa, neste processo, era do foro disciplinar, ocultando as questões de índole criminal. Ou seja, os crimes por que esteve ou ainda está indiciado o presidente dos dragões – corrupção desportiva activa, tráfico de influência, falsificação de documento e abuso de poder sob a forma de instigação. O que este senhor diz na TVI e escreve no mais importante diário desportivo do País é-me absolutamente indiferente. Por isso, a sua última crónica a defender a demissão de Pinto da Costa é, concedo, imperdível, surreal e merece reflexão. Diz ele que, em nome do seu código de conduta e dos seus valores de vida (etc., etc.), o presidente do FC Porto devia demitir-se para poupar o clube a semelhante vexame, propondo o seu regresso quando estiver provada a sua inocência. Ora aqui temos já a sentença dada. Escusam os tribunais e os operadores judiciários de gastar dinheiro ao erário público, pois a sentença está dada - Pinto da Costa é, obviamente, inocente. Quanto aos factos em si, a eventual compra de árbitros para jogos do FCP, a alegada tareia a um corajoso autarca, cujas denúncias estiveram na génese do maior escândalo do futebol português, e a extraordinária fuga de informação que terá permitido a Pinto da Costa fugir à justiça, nem uma linha. O essencial, para este senhor, é a qualidade do livro, que ele carinhosamente trata por “um pedaço de papel higiénico”. A isto chama-se excesso de elegância! Infelizmente, há gente em Portugal que graças ao facto de conhecer as pessoas certas nos sítios certos têm palco em jornais, rádios e televisões. Podem dizer e escrever os maiores disparates que ninguém contesta e ainda são pagos para isso!Em vez de se cingir aos factos, que por si só são gravíssimos, o “novo moralista azul e branco” preferiu generalizar os casos, pondo no mesmo saco Valentim Loureiro, João Loureiro, Gilberto Madaíl, José Veiga e Luís Filipe Vieira. Comparar as condutas do presidente do Benfica, que corajosamente e de forma algo quixotesca se bateu pelo andamento do processo "Apito Dourado", com as condutas do presidente do FC Porto, reveladas pela sua ex-companheira e indiciadas nos vários processos criminais, é um insulto à inteligência das pessoas. Luís Filipe Vieira pode não ser a pessoa mais simpática do mundo. Admito que a sua frontalidade exaspere qualquer adepto de um clube rival, mas Luís Filipe Vieira, que me conste, nunca esteve indiciado por corrupção ou tráfico de influências. Não me consta que o presidente do Benfica tenha mandado contratar algum serviço de prostitutas para premiar os “árbitros amigos” ou que tenha encomendado alguma tareia a alguém.Há artigos que não deviam merecer sequer comentários, mesmo que sejam escritos num jornal desportivo de referência. Mas há limites para a desfaçatez e para a falta de vergonha.»

Parabéns amigo Guerra! Pode vir levantar o seu Nobel Honorário nos nossos escritórios na hora de expediente ou quando o Sr. Saraiva andar à procura da sala do pequeno-almoço.
Continue! Dê-lhe com força! Se ele vier com pauladas, nós cá estamos para oferecer o nosso cachaço também. Um por todos; todos contra um!

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

REPORTAGEM CHOCANTE SOBRE AS UNHAS CORTADAS DO SR. COSTA!!!!

A tesoura da poda da Srª Salgado: pode atingir os 22 Euros.



EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO!

INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO! EXCLUSIVO! INÉDITO!


INÉDITO E EXCLUSIVO! COISA TESA MESMO!



Imagens absolutamente inéditas das unhas do Sr. Costa depois de aparadas pela Srª Salgado! Chocante!



Chocante! Chocante! Chocante! Chocante!
NÃO PERMITA POR AMOR DE DEUS QUE OS SEUS FILHOS VEJAM ISTO!!!!




Crocante!

Imagens dignas de um National Geographic!






Algumas destas cútis parece que ainda respiram...
Não duvidem! Aquilo que aqui divulgamos são as unhas do Sr. Costa! Um testemunho ímpar de uma forma ímpar de fazer jornalismo. Mas prometemos mais e melhor! Traremos ao vosso conhecimento, muito em breve, os pêlos das orelhas aparados do Sr. Costa. E até, talvez, um pequenino flato!


NÃO PERCAM! NÃO SEJAM ESTÚPIDOS!



Não podendo ficar indiferente à terrível polémica que o opúsculo dado à estampa pela Srª Salgado provocou na sociedade portuguesa, a Redacção do «olaporaqui» lançou-se num estenuante e rigoroso programa de jornalismo de investigação de forma a fornecer aos seus leitores um exclusivo bombástico sobre a vida em comum desses dois personagens extraordinários que dão pelo nome de Srª Salgado e Sr. Costa.
Como não há jornalismo de investigação sem denúncias, como todos nós sabemos, temos de agradecer à mão biltre que nos fez chegar uma cassete com sons subtraídos de um momento da mais sublime intimidade vivida entre a Srª Salgado e o Sr. Costa em tempos não assim tão distantes.
A partir dessa cassete a Redacção do «olatuporaqui» movimentou todos os seus efectivos para um trabalho exaustivo do qual apresenta, hoje, com profundo e justificado orgulho, os seus frutos.
Não tememos afirmar que este é o melhor trabalho de jornalismo investigativo publicado em Portugal desde que alguém aprofundou a falta de originalidade de muitos parágrafos de um livro chamado «Equador» que, como estarão recordados, não teve lançamento oficial devido aos facto de pesar cerca de 22 arrobas, limitando-se a ser multado por estacionamento indevido em várias prateleiras das mais diversas livrarias e supermercados do país.
Não temos medo dos pontos de exclamação!
Esta reportagem merece-os amplamente.
Exclusiva! Inédita! Chocante!
Não temos medo da polémica, dos puzzles, das gravatas, do gel e da bacoquice: estamos para lá da frontalidade do pequenino Santos da Cabeça Gorda e não precisamos de quadrinhos com tácticas saloias.
Os sons recolhidos na cassete que mão biltre nos fez chegar são claros e inconfundíveis. Ao fundo, um relógio dá doze badaladas – estando nós a investigar arduamente se serão doze badaladas de meio-dia ou de meia-noite, informação que vos faremos chegar mal seja do nosso conhecimento. Entre as vozes da Srª Carolina e do Sr. Costa, alguns ruídos permitem-nos supor que o extremoso casal tinha um pónei amarrado na cave, um lemur pendurado no candeeiro da sala de costura e se dedicava à criação de aves de arribação não nidificantes.
Eis quando se escuta, em primeiro plano, o tinir das lâminas da tesoura da Srª Carolina.
Seguidores infatigáveis do CSI – nas suas versões Miami, Los Angeles e Nova Iorque – os repórteres intrépidos de «olatuporaqui» não têm dúvidas de que se trata de uma Tesoura de Podar de Lâmina Dupla com Batente de Corte Tirante, com 25 cm de comprimento e 270 gramas de peso, trinco de bloqueio e cordão para pendurar no pulso, lâminas revestidas de material anti-aderente e anti-corrosão, com um sistema ideal para corte com menos esforço, conveniente para todo o tipo de ramos, inclusive ramos mortos. Esta tesoura pode atingir o preço de 21, 93 Euros no mercado negro.
Conscientes do seu dever como cidadãos, respeitadores da ordem e da lei – às vezes até mesmo da grei – os intrépidos repórteres do «olatuporaqui» enviaram de imediato o relatório sobre a tesoura de podar para o Instituto de Medicina Legal do Porto onde, neste momento, estará a ser analisado pelo Dr. Costa, irmão do Sr. Costa, um barbaçanas muito conhecido em Afife, Alvaiázere, Vilar de Perdizes e Vilar de Andorinho – onde o grande Júnior do restaurante também afirma conhecê-lo.
Depois, de consciência tranquila, desgravaram o resto da cassete. E, que ouvimos nós, Deus nosso! Suspiros, gemidos, gritos, pedidos de clemência, movimentos peristálticos, súplicas, conversas em alemão vernáculo, telefonemas para a Telepizza exigindo doses reforçadas de anchovas, e um não mais acabar de intimidades.
No auge das suas mais fortes sensações, entrecortado pelo tinir das lâminas da tesoura de podar, pode-se escutar, nítida, a voz do Sr. Costa gritando: «Ai Carolina! Ó-i, ó-ai!» e, logo em seguida, «Ai Carolina! Ó ai meu bem!».
Os intrépidos repórteres do «olatuporaqui» não quiseram mergulhar no pântano do amor entre este dois mamíferos. Por isso, limitaram-se a trazer à superfície aquilo que pode verdadeiramente interessar à opinião pública. Embuídos e embebidos – e sobretudo bebidos – da sua função de informadores, deixaram no silêncio os pormenores sórdidos – que os há, em profusão! – para divulgarem somente a realidade dos factos.
Sabemos como ser sérios tem custos. Mas nós estamos aqui, decididos e prontos a afrontar quem quiser abafar a verdade. O nosso lema será sempre: INFORMAR CUSTE O QUE CUSTAR, ORA CHIÇA! MORRA QUEM SE NEGUE, PASSA AÍ UM PÃOZINHO, Ò SARAIVA!

segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

AJUDEM O SR. SARAIVA A ENCONTRAR O SEU SANDUÍCHE

Este exercício é muito simples e pode salvar a vida ao Sr. Saraiva.
1. Coloque o Sr. Saraiva no início do labirinto.
2. Coloque o sanduíche no fim do labirinto.
3. Imagine o Sr. Saraiva perdido e esfomeado no seu hotel de NY.
4. Imagine o Sr. Saraiva a sonhar com um sanduíche de queijo cheddar com cornichons.
5. Deixe o Sr. Saraiva devorar o sanduíche.









Rapaziada,

Fiquei deveras preocupado. Vejam bem:
«Mas a coisa, do meu lado, não começou bem. Na primeira manhã da estada em NY, Gomes Mota faria uma intervenção, numa das salas do hotel, em que explicaria aos jornalistas a situação da companhia, apresentaria as novidades (como a classe Navigator) e anteciparia o futuro. Eu levantei-me de manhã, desci ao piso do restaurante mas não descobri a sala dos pequenos-almoços. Encontrei, então, um colega - e decidimos ambos ir tomar o breakfast à rua. Seria muito mais interessante do que ficarmos enfiados no hotel.
Quando voltámos, perguntámos na recepção onde era a apresentação do presidente da TAP. Mas não sabiam. Começámos a procurar por toda a parte. Quando encontrámos a sala, Gomes Mota estava a acabar de falar. Perguntámos a um assessor se ele faria outra intervenção durante a viagem. Mas nada! Aquela era a única. Gomes Mota deve ter pensado na inutilidade do convite que nos fizera (a mim e ao meu companheiro de pequeno-almoço). Não me senti bem.»
Este extraordinário relato de viagens, só ao nível de uma Alexandra David-Neel, a primeira mulher europeia a por os pés no (a seu tempo) recôndito Tibete, veio publicado no Sol e leva a veneranda assinatura de José António Saraiva (uma vénia...).
Todos sabemos da importância de um bom pequeno-almoço para o regular funcionamento do cérebro e dos intestinos - e há casos, como está largamente demonstrado, de seres humanos cuja ligação entre os dois órgãos é tão profunda que quase se extinguem por confusão.
José António Saraiva (outra vénia...) correu o risco terrível de ficar sem pequeno-almoço nessa manhã de pesadelo em NY.
José António Saraiva (mais vénias...) teve de ir tomar o pequeno-almoço à rua o que, em NY, representa um perigo de vida ou de incapacidade física total, cérebro incluído e talvez até intestinos.
José António Saraiva (salva de palmas longa, com todos de pé e fazendo vénias ao mesmo tempo...) não se sentiu bem!!!
Infelizmente o relato, a despeito de excepcionalmente bem escrito, não nos dá pormenores sobre as virtualhas deglutidas pela dupla de interessantíssimos colegas nesse aventuroso pequeno-almoço nas ruas de NY, mas algo terá provocado o referido mal estar. Com isto se prova a tese de que é muito arriscado tomar o pequeno-almoço nas ruas de NY: quod erat demonstrandum!
Consciente da epopeia vivida por José António Saraiva (vénias, aplausos, bravos!, e cartazes exigindo um Nobel ad hoc...), digna da lendária busca de Stanley por Livingstone, proponho-vos, amigos meus, um intrincado exercício de meninges que vos poderá, em poucas semanas, adquirir, por um preço módico, um cérebro (e até, talvez, uns intestinos) ao nível de José António Saraiva (desmaios, gritos histéricos e recolha de fundos para um busto, em bronze, da autoria de Cargaleiro...).
Vamos a isto!

domingo, 10 de dezembro de 2006

A NOBREZA DO BARÃO DO TALHO


Para o AMP:

Meu menino, andas catita?

Estava aqui a encasquinar numas coisitas e eis que, de repente, me lembro daquela canção do Paulinho da Viola cantada pelo Chico Buarque e pela Maria Bethânia:
Olá! Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar meu lugar no futuro... Evocê?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranquilo...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é, quanto tempo!
– Me perdoe a pressa - é a alma dos nossos negócios!
– Qual, não tem de quê! Eu também só ando a cem!
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí!
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos...Quem sabe?
– Quanto tempo!
– Pois é...quanto tempo!
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone
- Eu preciso beber alguma coisa, rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal...
– Eu procuro você...
– Vai abrir, vai abrir...
– Eu prometo, não esqueço, não esqueço...
– Por favor, não esqueça, não esqueça...
– Adeus!
– Adeus!
– Adeus!
Ou da outra, do Paulo de Carvalho, cantada a meias com o Tozé-Trinaranjusétãonatural-Brito:-Ela saiu, não sorriu, mal me olhou, mas deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Deixou a dor a correr e a saudade na nossa mesa
Deixou o amor por fazer e a tristeza no ar
-Quando ela entrou, e sorriu-me, e olhou-me, não deixou ficar
O nosso amor pelo chão para eu arrumar
Pôs a ternura a aquecer toda a noite à lareira
Pôs o amor a correr e a alegria no ar, para eu cantar:
-Olá! Tu por aqui?
-Olá... então como vais?
-Tudo vai bem?
-Olha, tudo vai mal para mim.
-Mas tudo vai mal porquê?
-Foi um amor que eu perdi, Ela partiu, eu fiquei... Se a encontrares, diz-lhe que eu estou por aqui
-Se a encontrar, direi.
Fiquei a matutar porque teremos nós, portugueses, a mania que o brasileiro não é para trabalhar e é mais para cantar samba e jogar futebol...Na versão brasileira deste encontro, os pobres mamíferos andam loucos de trabalho e cruzam-se a correr num semáforo fechado, andam a cem, o que dava uma multazinha da nossa diligente bófia aqui na velha capital do império. Na versão portuguesa, lamentam-se de tudo menos de terem muito para fazer. Aliás, lamentam-se mais do que ficou por fazer...
Diria eu, meu menino, que este é um bom tema para entreter as circunvoluções do cérebro de dois desempregados... Não desfazendo.
Vai daí, ZÁS!, faço um blog! Toma lá disto! Não custa nada, é num instante, e sempre a gente dá aqui à taramela, podemos comentar as novidades do Universo, dar umas traulitadas neste e naquele e por aí fora.
Quem diria!? Afinal um blog é utilíssimo. Toda a gente devia ter um. É como ter um cão ou um gato ou um bonsai ou uma colecção de bichos da seda ou um grilo naquelas gaiolas de plástico pequeninas que havia quando éramos miúdos: damos-lhe um osso, uma folhinha de alface e ele vive catita a abanar o rabo (claro que só no caso do cão, o bonsai e o grilo não abanam...). Depois resta limpar a matéria orgânica que larga no passeio, ou seja, raspar metade da merda dos comentários. Até devia existir uma Sociedade Protectora dos Blogs, ou algo do género...
De qualquer forma, voltando à vaca fria (e a vaca também é um animal bastante estimável, em determinadas circunstâncias), há nas duas canções uma carga de lamechice muito razoável. E eu até gosto muito do Chico e do Paulo, que conheço pessoalmente e estimo como pessoas e não só músicos. Por isso, não te «lameches» tu também.Afinal, isto acabou por ser apenas um motivo para a gente combinar a tal cervejinha. Uma daquelas matinais, cheias de gás, servidas entre cascas de tremoço da véspera lá no cafezório à beira do Brisa do Tejo. Já nem me lembro do nome. É grave? Como é que tu dizias? «Vamos lá baixar um bocado o nível»... (?)
Teria sido o local ideal para a tal Carolina apresentar o seu livrinho. Com bagaço em vez de cerveja... Convidava-se o Barão do Talho para servir um pratinho de túbaros de carneiro e viva lá o seu compadre.E era a perfeita «chinfrineira», como diria o velho Eça.Sairiam todos a correr já de grão na asa para pegarem os seus lugares no futuro. No futuro de quê?, não me dizes...
Gostaria de te surpreender aqui com uma bela foto do velho Barão do Talho (que nome nobre, cheio de História!), mas embora investigasse longamente a heráldica da Casa de Sintra não dei sequer com o brasão de tão aristocrática figura. Remediei-me de uma forma bem mais prosaica e popular e desarrinquei o Sr. René e o Sr. Olímpio no seu limpíssimo Talho do Bairro Azul no qual o brilho das lajes do chão reflecte a pureza das bifanas e o requinte do acém...
Segunda já lá vou encomendar umas iscas e uma aba de vitela. Provavelmente dou de caras com o nosso Miguele e Vallle e Figgueireddo (Viconte du Arrondissement Blue) e aproveito para lhe lançar de cernelha:
- Olá, tu por aqui?
O que deve dar motivo para três horas de conversa. A monarquia nunca foi tarefa fácil... Que o diga o nosso Duarte Pio que na mesma semana teve de dar duas entrevistas de estadão a duas revistas concorrentes. Parecia um treinador do Benfica ou do Sporting a dar entrevistas por atacado à Bola e ao Record... Nisso o do Porto tem mais sorte: só precisa de falar para o Jogo...
Olha, vai dando novas.
Deste que te estima...