segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

AJUDEM O SR. SARAIVA A ENCONTRAR O SEU SANDUÍCHE

Este exercício é muito simples e pode salvar a vida ao Sr. Saraiva.
1. Coloque o Sr. Saraiva no início do labirinto.
2. Coloque o sanduíche no fim do labirinto.
3. Imagine o Sr. Saraiva perdido e esfomeado no seu hotel de NY.
4. Imagine o Sr. Saraiva a sonhar com um sanduíche de queijo cheddar com cornichons.
5. Deixe o Sr. Saraiva devorar o sanduíche.









Rapaziada,

Fiquei deveras preocupado. Vejam bem:
«Mas a coisa, do meu lado, não começou bem. Na primeira manhã da estada em NY, Gomes Mota faria uma intervenção, numa das salas do hotel, em que explicaria aos jornalistas a situação da companhia, apresentaria as novidades (como a classe Navigator) e anteciparia o futuro. Eu levantei-me de manhã, desci ao piso do restaurante mas não descobri a sala dos pequenos-almoços. Encontrei, então, um colega - e decidimos ambos ir tomar o breakfast à rua. Seria muito mais interessante do que ficarmos enfiados no hotel.
Quando voltámos, perguntámos na recepção onde era a apresentação do presidente da TAP. Mas não sabiam. Começámos a procurar por toda a parte. Quando encontrámos a sala, Gomes Mota estava a acabar de falar. Perguntámos a um assessor se ele faria outra intervenção durante a viagem. Mas nada! Aquela era a única. Gomes Mota deve ter pensado na inutilidade do convite que nos fizera (a mim e ao meu companheiro de pequeno-almoço). Não me senti bem.»
Este extraordinário relato de viagens, só ao nível de uma Alexandra David-Neel, a primeira mulher europeia a por os pés no (a seu tempo) recôndito Tibete, veio publicado no Sol e leva a veneranda assinatura de José António Saraiva (uma vénia...).
Todos sabemos da importância de um bom pequeno-almoço para o regular funcionamento do cérebro e dos intestinos - e há casos, como está largamente demonstrado, de seres humanos cuja ligação entre os dois órgãos é tão profunda que quase se extinguem por confusão.
José António Saraiva (outra vénia...) correu o risco terrível de ficar sem pequeno-almoço nessa manhã de pesadelo em NY.
José António Saraiva (mais vénias...) teve de ir tomar o pequeno-almoço à rua o que, em NY, representa um perigo de vida ou de incapacidade física total, cérebro incluído e talvez até intestinos.
José António Saraiva (salva de palmas longa, com todos de pé e fazendo vénias ao mesmo tempo...) não se sentiu bem!!!
Infelizmente o relato, a despeito de excepcionalmente bem escrito, não nos dá pormenores sobre as virtualhas deglutidas pela dupla de interessantíssimos colegas nesse aventuroso pequeno-almoço nas ruas de NY, mas algo terá provocado o referido mal estar. Com isto se prova a tese de que é muito arriscado tomar o pequeno-almoço nas ruas de NY: quod erat demonstrandum!
Consciente da epopeia vivida por José António Saraiva (vénias, aplausos, bravos!, e cartazes exigindo um Nobel ad hoc...), digna da lendária busca de Stanley por Livingstone, proponho-vos, amigos meus, um intrincado exercício de meninges que vos poderá, em poucas semanas, adquirir, por um preço módico, um cérebro (e até, talvez, uns intestinos) ao nível de José António Saraiva (desmaios, gritos histéricos e recolha de fundos para um busto, em bronze, da autoria de Cargaleiro...).
Vamos a isto!

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